Desafio Trívia: Quinta rodada

Bem-vindo à fase 5 do Desafio Trívia A Casa Torta! Esta é a última etapa a contar pontos. Se houver necessidade de nova rodada para desempate, na próxima semana avisaremos em post no blog com pelo menos quatro dias de atencedência.

Antes de começar a responder leia as dicas abaixo.

. Não se afobe: você tem uma semana para enviar as respostas. Apenas evite deixar para o último minuto.

. Preste atenção no enunciado da pergunta: quase todas as ferramentas necessárias para encontrar a resposta estão na barra à direita aqui no blog, só falta o Google e as suas próprias células cinzentas.

. Confira suas respostas cuidadosamente antes de enviar: cheque se a numeração das respostas não está invertida, se a digitação está OK, etc.

. Os administradores do blog estão à disposição para esclarecer dúvidas sobre a prova – mas não sobre as perguntas! 😉

Pronto? Boa sorte!

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Notícias de teatro

O crítico Charles Shubow assistiu à mesma montagem de A Ratoeira que Nelson Pressley (v. notas da semana passada) e teve uma opinião diferente dele a respeito da qualidade da obra.

The Mousetrap began as a short story. Queen Mary, a huge Christie fan, commissioned the work in 1947 and it was initially presented as a radio play broadcast on the BBC in 1952 with the title Three Blind Mice. On October 6, 1952, after a seven-week tour, the play opened in London at the Ambassadors Theatre, later transferred to the St. Martin’s Theatre in 1974 where you can STILL see this show which is labeled as the longest running play in the world (with over 23, 000 performances). And when you see this mystery of the Olney Theatre Center, you can understand why. (Broadway World)

A ratoeira também está em cartaz em Duluth, Minnesota/EUA, até 16 de julho.

Christie, undisputed grande dame of mystery writing, infuses each of the survivors with suspicious characteristics, which Director Tom Isbell’s cast members disclose with just the right balance of subtlety and clarity. (Duluth News Tribune)

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Encomendando para julho

O semestre está terminando… Sem saber o que fazer durante as férias de julho e sem verba para viajar ? Ler pode ser (sempre !) uma alternativa. Veja a lista de livros de Dame Agatha que você ainda não tem, aproveite as promoções dos sites e faça a festa. Algumas opções oferecem alguns títulos por menos de R$ 10. Confira nos sites:

Submarino
Americanas
Saraiva
FNAC

E não se esqueça das dicas de livros usados também.

Update – No Rio de Janeiro, durante o mês de junho e início de julho de 2008, a mais famosa feira móvel de livros novos e usados – aquela das barraquinhas bege – está na praça que fica na esquina de Nossa Senhora de Copacabana e Siqueira Campos. Se você mora na região, aproveite: lá você pode encontrar livros da Dama do Crime por até R$ 3…

Os mais traduzidos

No site da Unesco, há uma lista Top50 de autores mais traduzidos no mundo. Nesta lista, Agatha Christie é a segunda, atrás apenas de Walt Disney (Productions, eis a razão de Agatha Christie não ser a primeira desta questionável lista).

Clique aqui para ver a lista completa. Veja também no site do The New Yorker ou no blog Todoprosa.

Galeria de Fãs: Mehmet Murat Somer

O novelista Mehmet Murat Somer (foto) nasceu em Ankara, na Turquia, onde formou-se em engenharia, profissão que exerceu durante algum tempo. Também trabalhou como bancário e consultor de gerenciamento e treinamento. Seu passatempo preferido é viajar e seu destino favorito, o Rio de Janeiro. Murat Somer é autor da série de livros de detetive Hop-Ciki-Yaya. O sexto título da coleção, The Prophet murders, foi lançado em maio de 2008 e a editora Rocco detém os direitos de publicação no Brasil.

Bryant: Are you a fan of detective literature?
Somer: Yes, since my early childhood, starting with Enid Blyton. I’m also a fan of dear Agatha Christie and I believe I’m a good fan, because I read her in English. (Bloomberg)

Mais Rosa Montero

Em entrevista ao Diário do Nordeste.

Quase todo mundo tem uma imagem virtuosa da escritora Agatha Christie. Qual foi o maior pecado, o maior erro que ela cometeu?
Pecado? Por que falar de pecado? Agatha Christie passou a vida inteira tentando controlar a realidade. Era uma mulher com um desajuste interior, e creio que ela tinha pavor a isso, a esse desequilíbrio. Por isso escrevia romances que eram como mecanismos de relógio, tudo perfeitamente em ordem, com pequenas redes de segurança. Gosto do trabalho dela.

V. mais sobre “Histórias de Mulheres” no post As mulheres desafiadoras das normas.

Agatha e a postura

Procurei tanto, nas últimas semanas, matérias na internet sobre a Técnica Alexander (leia-se “reeducação psicomotora, ensinando como corpo e mente podem funcionar juntos no desempenho de todas as atividades diárias ajudando a detectar e a reduzir o excesso de tensão promovendo harmonia e bem estar” e também “atores e cantores da Broadway e Hollywood utilizam a técnica“), e acabei encontrando uma, em inglês, que contém uma citação a Agatha Christie:

Get an Expert Opinion
‘Curious things, habits. People themselves never know they have them.’ So said Agatha Christie, and the same applies to our own posture; it’s almost impossible to self-diagnose habits that we have spent a lifetime acquiring. The Alexander Technique teaches you that what is actually straight may feel crooked initially, and puts you back on track.

Leia a matéria completa clicando aqui. Na foto, Frederick Matthias Alexander (1869-1955), criador da técnica.

Pra gostar de ler

Se há algo em comum entre os fãs de Agatha Christie que comentam aqui no blog é que quase todos começaram a ler seus livros bem cedo.

O autor espanhol José Manuel Mañu selecionou 300 obras para desenvolver o hábito da leitura em crianças e adolescentes no seu livro Lecturas entre los 12 y 18 años, divididos em cem títulos para cada fase (12 a 14, 14 a 16 e 16 a 18).

Hay que felicitarle por el empeño y por la selección, por más que sea -y él lo asume- opinable. Felicitarle, sobre todo, porque es exigente. Es cierto que los niños y adolescentes de hoy están tan seducidos por entretenimientos mecánicos e intelectualmente simples que cabe la tentación de bajar el nivel de las lecturas que se les ofrecen. Craso error, en el que Mañú no cae. Existen decenas de obras geniales de la literatura al alcance de la mentalidad infantil y juvenil, y es un crimen no ponérselas delante. (El Semanal Digital)

Alguns dos autores indicados são Louisa May Alcott, Charles Dickens, Rudyard Kipling, Emilio Salgari, Robert Louis Stevenson, Mark Twain, Julio Verne, Pío Baroja, Gustavo Adolfo Bécquer, Gilbert K. Chesterton, Agatha Christie, Alphonse Daudet, Daniel Defoe, Louis De Wohl, Arthur Conan Doyle, Giovanni Guareschi, Gertrude von Le Fort, Gaston Leroux, Jack London, José María Pemán, Benito Pérez Galdós, Rafael Sánchez Mazas, Walter Scott, J.R.R. Tolkien, Stefan Zweig, Alessandro Manzoni, José María Pereda, Antoine de Saint-Exupéry, Alexander Soljenitsin, Thorton Wilder, Ray Bradbury, George Orwell e Pearl S. Buck.

Desafio Trívia: Quarta rodada

Bem-vindo à fase 4 do Desafio Trívia A Casa Torta! Já passamos da metade do desafio.

Antes de começar a responder leia as dicas abaixo.

. Não se afobe: você tem uma semana para enviar as respostas. Apenas evite deixar para o último minuto.

. Preste atenção no enunciado da pergunta: quase todas as ferramentas necessárias para encontrar a resposta estão na barra à direita aqui no blog, só falta o Google e as suas próprias células cinzentas.

. Confira suas respostas cuidadosamente antes de enviar: cheque se a numeração das respostas não está invertida, se a digitação está OK, etc.

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Pronto? Boa sorte!

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Notícias de teatro

Harry A. Winter, Jeffries Thaiss and Julie-Ann Elliott play a dangerous game of cat-and-mouse in Olney's production of "The Mousetrap." (By Stan Barouh -- Olney Theatre Center)O colunista Nelson Pressley compara A ratoeira a um queijo maturado.

Christie drew this gallery as slightly absurd, which is how Going’s cast pointedly plays it. They are meant to get on each other’s nerves, if not to drive one another to outright murder. (…)
It’s generally entertaining to watch this simple drama play out — not killer stuff, but a guilty pleasure. (Washington Post)

Convite para um homicídio foi encenada pela companhia Kentwood Players em Hermosa Beach, California/EUA.

This whodunit features the usual large list of suspects expected in Christie writings. But, the more suspects there are, the harder it is to guess who committed the crime(s). The plots are not transparent, but, at the same time, it is ghastly keeping up with the details with all those under suspicion. In reading her books (or watching a DVD), the mystery connoisseur will read and reread to grasp an understanding and catch the little innuendos leading to the arrest. This is, of course, quite impossible with live theatre. There is no instant replay. (Easy Reader)

A montagem do Caso dos dez negrinhos pela companhia oficial inglesa chega a Birmingham.

This production is set in August 1939, to coincide with the publication of the original novel. You can only marvel at the willingness with which members of the middle-class, both young and decrepit, on the brink of the Second World War would pack their bags at the prospect of a free country house weekend at the expense of a complete stranger. (Birmingham Post)

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Os métodos de Poirot

O dia estava começando a romper quando desembarcamos. O major Norman tocou o braço de Poirot e disse:

— Há um carro militar à sua espera ali, senhor.

— Obrigado, monsieur. Mas, no momento, não pretendo sair de Boulogne-sur-Mer.

— Como ?

— Isso mesmo. Não tenho a menor intenção de deixar Boulogne-sur-Mer agora. Vamos ficar neste hotel, à beira do cais.

Poirot seguiu as palavras com a ação, pedindo e conseguindo um quarto particular. Nós três o seguimos, perplexos, sem compreender coisa alguma. Subitamente, ele nos disse:

— Não é assim que um bom detetive deve agir… não é isso o que estão pensando ? Já sei. Um bom detetive deve mostrar intensa energia, correr de um lado para outro, prostrar-se numa estrada poeirenta para procurar marcas de pneus através de uma lentezinha. E deve também recolher pontas de cigarros e fósforos usados. É isso o que pensam, não é mesmo ? — Os olhos de Poirot nos desafiavam. — Mas eu, Hercule Poirot, digo-lhes que não é nada disso ! As verdadeiras pistas estão dentro… aqui ! — E bateu na testa, dramaticamente, antes de continuar: — A rigor, eu não precisaria ter saído de Londres. Teria sido suficiente para mim ficar sentado tranqüilamente em meus aposentos. Tudo o que importa são as pequenas células cinzentas que estão aqui dentro. Secretamente, silenciosamente, elas vão cumprindo sua parte, até que de repente peço um mapa, ponho um dedo num lugar determinado e digo: o primeiro-ministro está aqui ! E é isso mesmo ! Com método e com lógica, pode-se conseguir qualquer coisa ! Esta corrida frenética para a França foi um erro… é brincar de esconde-esconde, como crianças. Porém, neste momento, embora possa ser tarde demais, vou começar a trabalhar de maneira correta, aqui dentro. Silêncio, meus amigos, por gentileza.

E durante cinco longas horas o homenzinho ficou sentado no quarto do hotel, imóvel, piscando como um gato, com os olhos verdes faiscando e tornando-se cada vez mais verdes.

(“Poirot Investiga”, pág. 147-148, edição Círculo do Livro. Tradução: A. B. Pinheiro de Lemos)

Galeria de Fãs: Ana Maria Moretzshon

A autora brasileira e jornalista Ana Maria Coelho Moretzshon (foto) ingressou na TV Globo através da Casa de Criação Janete Clair. Em 1985, roteirizou um Caso Verdade, no ano seguinte, fez um episódio para o Teletema (1986) e, depois, vieram uma minissérie e várias novelas, das quais três em parceria com Aguinaldo Silva, “o mestre principal”, e Ricardo Linhares – Tieta (1989), Pedra Sobre Pedra (1992) e Fera Ferida (1993).

Também escreveu Riacho Doce (1990) com Aguinaldo Silva e Lua Cheia de Amor (1990) com Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa. Em 1995, implantou, com Ricardo e Charles Peixoto, o seriado juvenil Malhação. A partir de Perdidos de Amor, apresentada pela Bandeirantes, passou a ser autora titular, e a partir de Esplendor (2000), de volta à Globo.

Seu ultimo trabalho até agora na TV foi a telenovela Luz do Sol (TV Record, 2007).

Recentemente, ela finalizou um romance policial, que está em fase de revisão.
“Logo, logo, vou atrás de algumas editoras”, diz a autora, que é fã do gênero de suspense desde adolescente. “Comecei com Agatha Christie. Hoje, aprecio Patríca Hysmith (sic)”. (OFuxico)

Notícias de teatro

A Ratoeira ficou em cartaz de 11 a 16 de junho em Washington DC, EUA.

Once a staple in Olney’s theater season, summer mysteries finally return after a 25-year hiatus. Whether you’ve seen it a dozen times, or not even once, The Mousetrap is a Dame Christie classic. (WAMU)

A mesma peça ganha nova montagem em Hickory, NC/EUA.

Once a staple in Olney’s season, the summer mystery play makes a comeback after a 25 year hiatus with Agatha Christie’s The Mousetrap. “No play or genre has been more requested by Olney patrons than Agatha Christie murder mysteries. In response to that demand, we are happy to return the Olney tradition of the summer thriller,” said Artistic Director Jim Petosa. (HULIQ)

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Mistério no Rio

Embora não seja uma peça baseada em uma obra de Agatha Christie, fica a dica para os cariocas. Encontrei neste blog a seguinte nota:

A Fundação Eva Klabin vai ser cenário de suspense. Estréia no dia 4 de julho de 2008, a peça “Mistério na mansão”, de Jonas Klabin. Como no jogo Detetive, o público andará pela casa tentando desvendar o crime. Eva Klabin era admiradora da escritora britânica Agatha Christie e passava horas lendo os romances em que Hercule Poirot e Miss Marple, desvendavam os mais incríveis mistérios.

Fundação Eva Klabin
Av. Epitácio Pessoa, 2.480, Lagoa, Rio de Janeiro
cultura@evaklabin.org.br / (21) 3202-8550

Há também visitações ao acervo de terça a sexta, com visitas guiadas agendadas previamente pelos telefones (21) 3202-8557 / 3202-8558 / 3202-8550, com ingresso a R$ 16 (estudantes e maiores de 60 anos: R$ 8, gratuidade para crianças até 10 anos). Há um mapa no site:

http://www.evaklabin.org.br

UPDATE – 04.07.2008, 11:23h – Leia também: Mistério no Rio – 2.

125 anos

Para treinar um pouquinho seu espanhol:

Fue el “rey de los trenes”. Cuando hace 125 años, el 5 de junio de 1883, el primer Orient Express partió de la estación de París Gare de l’Est con destino a Costantinopla (hoy Estambul), comenzó la historia fascinante del legendario tren de lujo.

Con el tiempo inspiró a escritores y a directores de cine. Hombres de Estado y otras personalidades utilizaron el palacio sobre ruedas, la primera conexión transeuropea sobre rieles. El motivo del viaje no era llegar a destino, sino la travesía en sí.

(…) La británica Agatha Christie escribió su famosa novela “Asesinato en el Orient Express”. Un crimen que de hecho ocurrió, y no una sola vez.

Un enviado del gobierno francés y un agregado militar estadunidense perdieron la vida en el viaje.

Agatha Christie era una viajera entusiasta del Orient Express. Tras la experiencia de viajar en él entre otros lugares a Bagdad, en 1928 escribió: “Adoro su ritmo, Allegro con Fuoco al principio, las sacudidas y el traqueteo en la salvaje prisa de dejar atrás Calais y occidente; se va reduciendo de camino al este hasta un Rallentando, hasta que acaba en un Lento casi imperceptible”.

Leia mais no artigo Cumple 125 años el “rey de los trenes”, el legendario Orient Express.

Leia outro post sobre o Expresso do Oriente clicando aqui.

Desafio Trívia: Terceira rodada

Bem-vindo à fase 3 do Desafio Trívia A Casa Torta! As coisas começam a complicar um pouco, não acha? Coragem!

Antes de começar a responder leia as dicas abaixo.

. Não se afobe: você tem uma semana para enviar as respostas. Apenas evite deixar para o último minuto.

. Preste atenção no enunciado da pergunta: quase todas as ferramentas necessárias para encontrar a resposta estão na barra à direita aqui no blog, só falta o Google e as suas próprias células cinzentas.

. Confira suas respostas cuidadosamente antes de enviar: cheque se a numeração das respostas não está invertida, se a digitação está OK, etc.

. Os administradores do blog estão à disposição para esclarecer dúvidas sobre a prova – mas não sobre as perguntas! 😉

Pronto? Boa sorte!

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Cinco Meses

Pudim de NatalHoje, 15.06.2008, nosso blog completa cinco meses de existência. Nestes poucos primeiros meses, a audiência tem sido acima das expectativas, e imenso o carinho de todos que acompanham.

Agradecemos mais uma vez todas as visitas (já atingimos a marca de 20.000 views) e os inúmeros comentários diários (quase 700 até agora), que nós adoramos, incentivamos e tentamos responder na medida do possível. Obrigado pelo enorme incentivo, que faz com que este trabalho possa crescer e, quem sabe, se perpetuar.

Segunda rodada

Dos 35 participantes da primeira rodada do Desafio Trívia, metade enviou as respostas da segunda prova até o momento…

O prazo encerra-se em poucas horas, às 23h59 de amanhã.

Quem recebeu um email de volta dizendo que sua mensagem foi recebida pode ficar tranqüilo.

Quem mandou as respostas para acasatorta@gmail.com e não recebeu retorno tente enviar de novo, significa que não chegou.

Boa sorte!

Frases

O jornal britânico Telegraph publicou um artigo sobre mulheres que permanecem visíveis (na mídia) após os 50 anos. Uma frase de Agatha Christie abriu o texto, infelizmente incompleta e com uma informação equivocada: o autor afirma que AC desapareceu logo depois de publicar tal frase… em sua autobiografia.

A citação na íntegra é:

I have enjoyed greatly the second blooming that comes when you finish the life of emotions and of personal relations; and suddenly find – at the age of fifty say – that a whole new life has opened before you, filled with things you can think about, study or read about….. it is as if a fresh sap of ideas and thoughts was rising in you.

Na edição brasileira publicada pelo Círculo do Livro, com tradução de Maria Helena Trigueiros:

Apreciei muito a segunda floração da vida, que chega quando já terminou nosso período de emoções e comprometimento pessoal, e quando de súbito verificamos — vamos dizer, por volta dos cin­qüenta anos — que uma nova era se abre perante nós, cheia de motivos sobre os quais podemos meditar, estudar ou ler.

Galeria de fãs: Mary Higgins Clark

Mary Higgins ClarkA escritora norte-americana Mary Higgins Clark (foto), conhecida como Rainha do Suspnse, nasceu em 1927 no Bronx, em Nova Iorque. Seu primeiro livro policial foi publicado em 1975 (Onde estão as crianças? / Where are the children?). Higgins Clark é membro do Mistery Writers of America, entidade que concede o Edgar Award desde 1955 (ano em que Agatha Christie foi a ganhadora); ela própria venceu em 2000, quando anunciou a criação de um prêmio patrocinado por seus editores Simon and Schuster.

Para concorrer ao Mary Higgins Clark Award, que ocorre de 2001 a 2011, o autor deve observar alguns requisitos bem claros como não descrever cenas de sexo e violência nem usar palavróes; o livro deve ser protagonizado por uma jovem heróica (entre 27 e 38 anos) que tenha um bom emprego e fortes laços familiares, é independente e resolverá o problema com coragem e inteligência. Tal problema surgirá na vida da protagonista de forma inesperada e ela encontrará um interesse amoroso, mas ela é heroína, não ele.

Em 2008 a autora será coroada Primeira-Dama do Mistério na cerimônia de encerramento do Festival Internacional de Escritores de Mistério (o mesmo que encenará Chimneys, ver notícia de domingo passado). Mary Higgins Clark concedeu entrevista ao The Courier Journal, explicando o motivo de ser fã de Agatha Christie.

Why do you think there were so many? (escritoras de suspense e mistério)
I don’t know. Maybe women have devious minds — (laughs). It just seems to have been a natural field for women.
Some of them wrote the cozies — the English countryside mysteries. Agatha Christie’s play “The Mousetrap” is still running in the West End about 60 years later, and of course she had classics like “Murder on the Orient Express” and “Witness for the Prosecution.” The movies that came from her books were wonderful. And in most of these books, order is restored, justice triumphs, the wicked are punished, the good are vindicated. So there’s an orderliness to a suspense story. When the killer is unmasked, it’s as if the universe has been righted again. I think women have a … sense of order and a desire to restore it when things have gone wrong.

O belga católico, o camelo e o jumento

No post Os Primeiros Casos de Poirot, Lady Lucy Angkatell cita o seguinte trecho do conto “The Chocolate Box” (A Caixa de Chocolates):

Naquele tempo, como você sabe, mon ami, eu era detetive da polícia belga. A morte de M. Paul Déroulard não me comoveu. Sou católico, como sabe, e sua morte pareceu-me um afortunado incidente. (pág. 100)

Cito rapidamente o tema da religião de Poirot tão somente porque achei muito curiosa (e muito engraçada, ri muito pensando na situação) a passagem do conto “A Aventura da Tumba Egípcia” do livro “Poirot Investiga” que, finalmente, estou terminando essa semana, na edição do Círculo do Livro com tradução de A. B. Pinheiro de Lemos. Daria uma boa cena de cinema, não somente pelas invocações católicas mas pela situação em si. Nas palavras do Capitão Hastings:

Não vou me deter no espetáculo de Poirot sobre um camelo. Ele começou com resmungos e lamentações e terminou com gritos, gesticulações e invocações à Virgem Maria e a todos os santos do calendário. Ao final, acabou desmontando do camelo ignominiosamente e concluiu a viagem num minúsculo jumento. (pág. 102)

Testemunha de Acusação

Já tinha lido diversas resenhas sobre este filme, todas positivas. Até Rubens Ewald Filho concedeu-lhe cinco estrelas e, dizem, era a única adaptação de um livro seu de que Agatha Christie gostou. Quem me conhece, no entanto, sabe que não dou a mínima pras críticas especializadas e às vezes até prefiro ir na contramão – das opiniões estabelecidas, não da via expressa caus que não sou suicida.

Não foi o que aconteceu desta vez: Testemunha de Acusação (Witness for the Prosecution, EUA/1957) é um filme ótimo!

Não é um whodunnit tradicional como aqueles pelos quais a escritora tornou-se famosa: a grande pegunta aqui não é “quem é o culpado?” e sim “será que ele é culpado?”

Ele, no caso, é Leonard Vole, interpretado por Tyrone Power, um homem acusado de assassinar uma senhora e que é levado a julgamento em Old Bailey.

Leonard Vole: But this is England, where I thought you never arrest, let alone convict, people for crimes they have not committed.
Sir Wilfrid: We try not to make a habit of it.

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As mulheres desafiadoras das normas

Dica de leitura: entrevista da escritora e jornalista espanhola Rosa Montero ao caderno Arte&Lazer do jornal paulista Estadão em 7 de junho de 2008, a respeito de seu livro Histórias de Mulheres.

Assim, encontram-se, lado a lado, Frida Kahlo, Simone de Beauvoir, Agatha Christie, Mary Wollstonecraft, Zenobia Camprubí, Lady Ottoline Morrel, Alma Mahler, Maria Lajárraga, Laura Riding, George Sand, Isabelle Eberhardt, Aurora e Hildegart Rodríguez, Margaret Mead, Camille Claudel e as irmãs Charlotte, Emily e Anne Brontë. Mulheres capazes tanto de gestos heróicos como abomináveis, o que expõe suas ambigüidades e revela toda sua complexidade humana.
[…]
Qual característica comum a todas essas mulheres?

São todas muito distintas, por isso, tentei oferecer um panorama de mulheres as mais diferentes possíveis. Algumas são boas personas, outras malíssimas; algumas triunfaram na vida, outras foram um completo fracasso. Todas, porém, têm histórias fascinantes. Foi o que despertou minha atenção: suas peripécias vitais são incríveis, interessantíssimas, pouco habituais.