Citando Agatha – Semana de 15 a 21.12.2008

Este post pertence à nossa série – publicada sempre às terças – de posts que abrangem um resumo (de alguns) dos blogs que citaram Agatha Christie durante a semana anterior, a fim de registrar, periodicamente, parte desta enormidade de sites que falam, por um motivo ou por outro, sobre a Dama do Crime.Neste post, citações de blogs em português de 15 a 21.12.2008.

15.12.2008
Blog: O doutor dá licença ?
Post: A fórmula do best seller

(…) acho que temos aqui no JRS o Dan Brown português (sim, li O Código da Vinci e diverti-me à brava, sue me), o que não é vergonha nenhuma. Há tempo e lugar para tudo, e se eu prefiro Agatha Christie para entreter, há quem prefira JRS [José Rodrigues dos Santos].

Viagens de Agatha – Tell Halaf

A foto abaixo foi encontrada neste artigo que fala, entre outras coisas, de “Morte na Mesopotâmia”:

Leia mais (em inglês) sobre o sítio arqueológico de Tell Halaf no Wikipedia:

Agatha Christie e seu marido Max Mallowan em Tell Halaf

Agatha Christie e seu marido Max Mallowan em Tell Halaf

A paixão de Agatha Christie pelos trens

Victoria Station, Londres, 1960

Victoria Station, Londres, 1960

Querida Victoria — portão para o mundo para lá da Inglaterra — como eu gosto da sua plataforma continental! E como eu gosto de trens, de qualquer maneira! Sorvendo em êxtase o cheiro sulfuroso — tão diferente daquele, leve, amorfo e distantemente oleoso de um navio, que sempre me deprime com a sua profecia de nauseosos dias por vir. Mas um trem — grande, barulhento, apressado e amistoso, com sua enorme locomotiva fumacenta soltando nuvens de fumaça, que parece dizer, impacientemente: “Eu tenho que ir, eu tenho que ir, eu tenho que ir!” — é um amigo! Está no mesmo estado de espírito que você, já que você também está dizendo: “Eu estou indo, estou indo, estou indo…” (Agatha Christie, Desenterrando o passado, Nova Fronteira)

Citando Agatha – Semana de 08 a 14.12.2008

Este post pertence à nossa série – publicada sempre às terças – de posts que abrangem um resumo (de alguns) dos blogs que citaram Agatha Christie durante a semana anterior, a fim de registrar, periodicamente, parte desta enormidade de sites que falam, por um motivo ou por outro, sobre a Dama do Crime.Neste post, citações de blogs em português de 08 a 14.12.2008.

10.12.2008
Blog: ScriptuS
Post: O pai do romance policial moderno

Edgar Allan Poe, foi sem dúvida o pai do romance policial moderno, se não fosse o conto, Assassinatos na Rua Morgue (1841), não haveria Sherlock Holmes (Conan Doyle, 1887), Hercule Poirot (Agatha Christie, 1920) e tantos outros detetives e investigadores, que até hoje são lidos por pessoas de vários lugares do mundo.

Continuar lendo

Inspirações da vida real

Hotel Savoy, Mussoorie, India

Hotel Savoy, Mussoorie, India

O jornal Deccan Herald publicou um artigo sobre hotéis mal-assombrados na Índia. O primeiro hotel mencionado foi o próprio hotel Taj Mahal, que recentemente foi alvo de ataque terrorista em Mumbai (antiga Bombaim). Segundo contam, o arquiteto que o projetou cometeu suicídio quando descobriu que seu projeto foi construído ao contrário e seu fantasma assombra a ala antiga do hotel.

O segundo hotel citado é o Savoy de Mussoorie, cuja construção iniciou-se em 1890 (ano de nascimento de Agatha Christie) e foi inaugurado em 1902. Dizem que o fantasma de Lady Garnet Orme (ou Lady Gore Ormsby, ou Lady Ormsby, ou Ormsby Gore, dependendo da fonte consultada) assombra os halls e corredores do hotel. Lady Garnet Orme, proprietária, foi encontrada morta em circunstâncias suspeitas, no início dos anos 1910. Encontraram estricnina em sua garafa de remédio, mas ninguém descobriu como isso foi feito. O crime causou sensação na época e foram executadas leituras de bola de cristal e sessões de levitação de mesa para descobrir o que se passou, já que a vítima era praticante de ocultismo. Mais tarde, seu médico morreu envenenado com estricnina, embora não no hotel.

Um vidente declarou ter descoberto a identidade do criminoso mas nada põde ser provado. O escritor Rudyard Kipling escreveu a Sir Arthur Conan Doyle (adepto do espiritismo) suplicando para que usasse o caso em uma nova aventura de Sherlock Holmes, mas quem aproveitou a trama foi Aagtha Christie, em seu livro de estréia O misterioso caso de Styles.

Situated on a hill above the town is the Savoy Hotel, named after the Savoy in London. Its grounds are so huge that it has its own post office, and it’s the biggest of all hill station hotels in India. It has two large tennis grounds, a beer garden (very unusual for India) and a small park with huge old deodar trees. It is built in the shape of a hoof iron with two long flights of spacious rooms and a large terrace, a bar, a restaurant and conference rooms at the end. The atmosphere is simply wonderful. Built about 100 years ago, the building has remained mostly unchanged, and though some corners have deteriorated the whole place has the flair of an old English upper class hotel from an Agatha Christie novel. And in fact, Agatha Christie used the circumstances of a crime committed here for her first novel, as a certain Lady Garnet Orme was poisoned with strychnine and her ghost is still said to haunt the hotel in the dark hours before dawn.(Blog de viagem de Leon Meyer, 2002)

According to the story, Contém spoilers → the husband who is a serial killer buys this property from his wife’s money and they come here to stay. The husband plots to kill his wife but by the twists and turns of the event is himself killed. ← Fim do spoiler It was an eerie resemblance. (The ghost & Agatha Christie)

The Savoy is famous because it was the inspiration of Agatha Christie’s first book, and the owner, Lady Ormsby, was murdered here via cyanide, and her murderer was never found. Lonely Planet said that the place is still haunted with her ghost. Meeting the ghost of Lady Ormsby at the Mussoorie Savoy)

Fotos er elato de Peter Moss.

Reserve um quarto no Hotel Savoy indiano.

Agatha Christie Edição Especial

Capa da edição especial da Nova Fronteira

Capa da edição especial da Nova Fronteira

A editora Nova Fronteira lançou uma edição especial contendo quatro títulos de Agatha Christie, veja a novidade que a Renata Lino conta aos leitores d’A Casa Torta:

Em primeira mão… Tenho uma notícia ótima, dia 26/11 a editora Nova Fronteira lança uma encadernação especial com os livros “Assassinato no Expresso do Oriente”, “A morte no Nilo”, “Mansão Hollow” e “Cai o Pano”. Uma homenagem ao detetive Hercule Poirot.

Obrigada, Renata!

Encontrei o livro à venda na Saraiva e no Submarino.

Sinopse: Nesta edição especial, reunimos quatro livros da autora de romance policial mais publicada no mundo. Assassinato no Expresso do Oriente, Morte no Nilo, A Mansão Hollow e Cai o pano são protagonizados por Hercule Poirot, o mais célebre detetive criado por Agatha Christie, e trazem tramas intrigantes de assassinatos seguidas pelo sempre surpreendente desvendamento do detetive belga. A idéia de escrever Assassinato no Expresso do Oriente surgiu depois que Agatha, voltando de viagem, ficou presa no famoso trem por conta de fortes chuvas que haviam danificado os trilhos. Morte no Nilo também derivou de uma viagem, dessa vez pelo Egito, e A Mansão Hollow é a narrativa de um assassinato durante um almoço entre amigos. Cai o pano, por sua vez, é o último romance da autora e conta com a maravilhosa tradução de Clarice Lispector.

[Filme] Murder on the Orient Express

Capa do DVD

Capa do DVD

Sinopse do filme: No Orient Express um passageiro é morto e Hercule Poirot, o famoso detetive belga que embarcou por acaso, considera que todos os passageiros são suspeitos, pois todos tinham motivos para matar a vítima, que tinha seqüestrado e matado uma menina, já que os suspeitos de alguma forma tinham alguma conexão com a criança morta. As coisas se complicam quando o detetive descobre que a vítima era o seqüestrador e assassino do famoso bebê dos Lindbergh, e que todos os passageiros têm um segredo a esconder.

Oscar Venceu na categoria de melhor atriz coadjuvante (Ingrid Bergman), além de ser indicado nas categorias de melhor ator (Albert Finney), melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor figurino e melhor trilha sonora – drama.

BAFTA Ganhou três prêmios no BAFTA, nas categorias de melhor ator coadjuvante (John Gielgud), melhor atriz coadjuvante (Ingrid Bergman) e melhor trilha sonora. Recebeu ainda outras sete indicações, nas categorias de melhor filme, melhor Diretor, melhor ator (Albert Finney), melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor edição e melhor figurino.

Continuar lendo

Galeria de Fãs: Kate Morton

A Casa das Lmbranças Perdidas, de Kate Morton

A Casa das Lmbranças Perdidas, de Kate Morton

De Suzana Uchôa Itiberê para o Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo, publicado em 9 de dezembro de 2008:

Na Inglaterra de 1924, o jovem poeta Robbie Hunter morre à beira de um lago durante uma festa na mansão Riverton. As irmãs Hannah e Emmeline Hartford, herdeiras da propriedade e testemunhas da tragédia, nunca mais se falam. Após 75 anos, a diretora de um filme sobre os Hartfords procura Grace, antiga empregada da família, para consultá-la sobre a autenticidade da história que quer contar. Essa cutucada no passado faz com que a senhora de 98 anos relembre seus dias naquele palacete cheio de segredos e sua influência no destino de duas irmãs que lhe eram mais próximas do que imaginava.

Essa trama intrincada transformou a australiana Kate Morton na atual sensação do mercado editorial inglês. A Casa das Lembranças Perdidas (Rocco, 536 págs., R$ 64,50) é seu romance de estréia e o título mais bem-sucedido do país desde O Código Da Vinci: 600 mil exemplares vendidos na Inglaterra e direitos de tradução negociados para 29 países. Aos 32 anos, a nova milionária das letras vive em Brisbane, numa casa do século 19 com o marido e dois filhos. A paixão por casas antigas a inspirou na criação de Riverton, e a trajetória de seus habitantes, os Hartfords, serve como espelho das transformações sociais, políticas e econômicas que sacudiram a sociedade britânica no início do século 20.
[…]
Um grande mistério envolve a trama. Kate Morton é uma mistura de Jane Austen com Agatha Christie?

Sim, sempre adorei histórias de mistério e tenho necessidade de inserir suspense na narrativa. (Estadão)

Hotel Metropole, Las Palmas, Ilhas Canarias

Hotel Metropole como era na época de Agatha Christie

Hotel Metropole como era na época de Agatha Christie

Após o divórcio do primeiro marido, Agatha encontrava-se sem dinheiro e perseguida pela imprensa por causa do episódio do desaparecimento. A escritora então reuniu os contos que se transformaram no livro Os Quatro Grandes e viajou para as Ilhas Canárias, onde hospedou-se no Hotel Metropole, atualmente sede do Ayuntamento de Las Palmas. Durante sua estadia ela escreveu O Mistério do Trem Azul, um livro que ela detestava, vonforme confessou em sua Autobiografia. O conto A Dama de Companhia (The Companion), presente no livro Os Treze Problemas, é ambientado em na ilha Gran Canaria.

Las Palmas é ainda meu lugar ideal para passar os meses de inverno. Parece-me que hoje é local de intenso turismo, e perdeu parte de seu encanto. Nesse tempo, era tranqüilo e calmo. Pouca gente ia para lá, a não ser os que ficavam um mês ou dois, e preferiam aquela ilha à da Madeira. Suas duas praias são perfeitas. A temperatura também: a média gira em torno de vinte e oito graus, o que, na minha opinião, deve ser a temperatura de verão. Durante a maior parte do dia corria uma brisa agradável, e à noite estava sempre quente o bastante para podermos nos sentar ao ar livre, depois do jantar. (Autobiografia, Círculo do Livro)

El edificio donde se alojó Agatha Christie sigue dando argumentos para una novela siete décadas después. El viejo Metropole, hoy transformado en la sede administrativa del Ayuntamiento, mantiene en aquellos pasillos el mismo ambiente de desasosiego que la escritora británica imprimió a sus novelas.

Si Miss Marple tuvo que hacer frente a sus Trece problemas, ahora Jerónimo Saavedra debe afrontar una lista bastante mayor de contratiempos, no sólo externos, sino también internos, que empiezan a sembrar la semilla de la decepción, como reconocen muchos concejales en el ámbito privado, y algunos otros en el público. (Canarias7)

Recuerdo haber leído un relato corto de Agatha Christie en el que situaba uno de sus crímenes en Gran Canaria. Las protagonistas se alojaban en el Hotel Metropole pero el crimen en cuestión tenía lugar en el Puerto de Agaete. Hace siglos que la leí y aunque me acuerdo bien del argumento –que no destriparé, descuiden- no consigo acordarme del título. Quizá alguno de mis amables visitantes tenga a bien refrescarme la memoria. Pero todo esto venía a cuento de una placa colocada en la entrada trasera del Ayuntamiento, en la entrada de los jardines. La placa susodicha recuerda, con un texto socarrón, la visita de Agatha Christie y dice algo así como “los ecos de las intrigas y asechanzas de sus historias aún resuenan por los pasillos de este edificio”. (Blog Canarias Nación)

Nuestra escritora se alojaba en el Hotel Metropol donde hoy están las oficinas Municipales de Las Palmas de Gran Canaria, en el barrio de Ciudad Jardín; ella era asidua de la playa de Las Canteras y practicante pionera del Surf. (Historia de Canarias)

Assassinato no Expresso do Oriente

Capa da edição de banca da Ed Record

Capa da edição de banca da Ed Record

Sinopse da quarta capa: No luxuoso trem Taurus Express, carro Istambul – Calais, Samuel Edward Ratchett, aliás Cassetti, é encontrado em sua cabine morto com 12 punhaladas. Segundo as evidências, a morte teria acontecido entre meia-noite e duas horas da manhã. À meia-noite e meia, o trem entrou numa nevasca. Depois dessa hora, era impossível que qualquer um deixasse o trem. Portanto, o assassino tinha que ser descoberto ali mesmo…
Todos esses enigmas iludiriam os melhores detetives das mais famosas organizações policiais, menos um: Hercule Poirot. O célebre detetive belga, pequeno e sempre impecavelmente trajado, o homem da ordem e do método, capaz de encontrar a solução para todos os mistérios com o uso das suas “pequenas células cinzentas”, é o principal protagonista de mais este romance da galeria de dezenas de Agatha Christie, com milhões de exemplares vendidos no mundo inteiro.
O maior detetive da ficção policial de todos os tempos, criação genial de Agatha Christie, indiscutivelmente a maior escritora do seu gênero que a literatura mundial já produziu, soluciona mais um envolvente mistério, com um desfecho surpreendente.

Murder on the Orient Express (1934)
(Um crime no Expresso do Oriente, em Portugal)

Citações e referências
Referências à vida pessoal, humor e métodos de Hercule Poirot:
Continuar lendo

Citando Agatha – Semana de 01 a 07.12.2008

Este post pertence à nossa série – publicada sempre às terças – de posts que abrangem um resumo (de alguns) dos blogs que citaram Agatha Christie durante a semana anterior, a fim de registrar, periodicamente, parte desta enormidade de sites que falam, por um motivo ou por outro, sobre a Dama do Crime.Neste post, citações de blogs em português de 01 a 07.12.2008.

01.12.2008
Blog: Com o Pé na Cova
Post: Resposta ao comentário anônimo

Os seguintes autores são meus guias ou simplesmente meu divertimento. Stephen King, Charles Dickens, Shakespeare, Jane Austen, Dashiell Hammett, Raymond Chandler, Meg Cabbot, Alexandre Dumas, Ayn Rand, Janet Evanovich, Patrick O’Brian, Lemony Snicket, JK Rowling, as irmãs Brontë e, claro, Agatha Christie. Existem outros, existem muitos livros que amo como How to kill a Mockingbird e Rebecca que releio até suas paginas caírem.
Alem destes tenho pilhas de livro pipoca, principalmente suspense e policiais que devoro com prazer.

Continuar lendo

Graças

Jazigo de Sheikh Adi

Jazigo de Sheikh Adi

Tantas outras coisas para recordar! Caminhar por um tapete de flores até o santuário dos yezidas, em Sheikh Adi… A beleza das grandes mesquitas de azulejos de Isfahan — uma cidade que parece saída de um conto de fadas… Um poente vermelho visto de nossa casa de Nimrod. .. Sair do trem nas Portas Amânicas ao crepús­culo… As árvores de New Forest no outono… Nadar em Torbay com Rosalind… Mathew jogando no torneio entre Eton e Har­row… Max ao voltar da guerra, comendo comigo peixe defumado… Tantas coisas, tão tolas, tão engraçadas — e algumas tam­bém tão belas! Dois cumes de ambição atingidos: jantar com a rainha da Inglaterra (como a nursie teria ficado contente! “Gatinho, gatinho, onde estava você?”) e a orgulhosa posse de um automóvel Morris — um automóvel meu! A mais pungente de minhas expe­riências: Goldie, o canário, pulando da cortina, depois de um dia de desesperada infelicidade.
Uma criança diz: “Graças, meu Deus, por meu bom jantar”.
Que poderia dizer eu, ao fim de setenta e cinco anos de vida? “Graças, meu Deus, por minha vida tão feliz e por todo o amor que me foi dado.”
(Agatha Christie, Autobiografia, Círculo do Livro, última página)

Dois maiores momentos [2/2]

A Rainha do Crime encontra a Rainha

A Rainha do Crime encontra a Rainha

A segunda foi jantar com a rainha, no Buckingham Palace, aproximadamente quarenta anos mais tarde.
Ambos esses acontecimentos pertenciam à categoria dos contos de fadas. Eram coisas que pensara que jamais me aconteceriam, a mim: ter meu próprio carro e jantar com a rainha da Inglaterra!
“Gatinho, gatinho, onde é que você esteve?
Fui a Londres visitar a rainha.”
Era quase tão gostoso como ter nascido Lady Agatha!
“Gatinho, gatinho, o que havia debaixo da cadeira da
[rainha?”
Não tive a sorte de assustar ratinho algum que estivesse debaixo da cadeira da rainha Elizabeth II, mas gostei muito dessa noite. Tão pequena e esbelta, em seu vestido simples de veludo vermelho, com uma única e linda jóia — e sua bondade e simplicidade no falar! Recordo que nos contou a história de uma noite em que estavam conversando numa salinha e tiveram de fugir dela, porque, de repente, caiu pela chaminé abaixo uma enorme crosta de fuligem. É animador saber que os desastres domésticos também ocorrem nos mais altos círculos sociais. (Agatha Christie, Autobiografia, Círculo do Livro)

A Rainha do Crime encontrou-se pessoalmente com a Rainha Elizabeth 2ª em 1971, quando foi nomeada Dame Commander of the Order of the British Empire.

Posts relacionados
Dama da Ordem publicado em 23 de março de 2008.
Dois maiores momentos [1/2] publicado em 6 de dezembro de 2008.

Dois maiores momentos [1/2]

Flatnose Cowley Morris, fabricado entre 1927 e 1931

Flatnose Cowley Morris, fabricado entre 1927 e 1931

“Comprar um automóvel?” Olhei para ele com espanto. A última coisa com que sonharia era um carro. Ninguém do nosso círculo de amigos possuía um automóvel. Ainda estava imbuída da noção de que um carro era coisa para gente rica. Passavam por nós, velozmente, a trinta, cinqüenta, oitenta quilômetros por hora, transportando pessoas cujos chapéus estavam atados com véus de musseline, correndo para lugares impossíveis. “Um automóvel?”, repeti, com uma voz que lembrava a de uma assombração.
“Por que não?”
Realmente, por que não? Era possível! Eu, Agatha, podia ter um carro, um automóvel meu. Confesso, aqui e agora, que, das duas coisas que mais me empolgaram em toda a minha vida, a primeira foi meu automóvel: meu Morris Cowley cinzento. (Agatha Christie, Autobiografia, Círculo do Livro)

Agatha comprou o carro usando o pagamento que recebeu do Evening News (£500) pelos direitos de publicação de O Homem do Terno Marrom em formato de folhetim, com o título de Anne, a Aventureira.

Fonte da foto: International Aliance of Morris Owners

Galeria de Fãs: Louise Penny

Louise Penny

Louise Penny

A escritora canadense Louise Penny (foto) foi laureada em 2008 com o Agatha Award de Melhor Novela com seu romance A Fatal Grace. O trecho a seguir faz parte de uma entrevista que a autora concedeu ao The Star por ocasião do lançamento do seu terceiro romance policial, The Cruelest Month. Nenhum dos livros de Louise Penny foi publicado no Brasil ainda.

“I sat down to write the greatest book ever written, which turned out to be a bit of a problem,” Penny recalls on the line from her Montreal home. “I suffered writer’s block for about five years. It was kind of humiliating. Now, I always tell aspiring writers that if you finally decide you are going to write that novel, do not announce it on CBC Radio.

“Then one day I looked at my bedside table and saw that it was piled high with Agatha Christie, Dorothy Sayers, Josephine Tey and all these amazing golden-age crime and mystery writers. I thought, `I’m trying to write the wrong book. I’m just going to write a book that I would love to read.'” (TheStar)

Post relacionado
Agatha Award publicado em 3 de março de 2008.

Site oficial da autora.
Blog da autora.

A vida aos 60, 70, 80…

Guia das Idades

Guia das Idades

O “Guia das Idades – Quem Fez o Que, Quando, de 1 a 100 Anos” tem um título bastante auto-explicativo: o livro cita grandes personalidades mundiais e alguns de seus grandes feitos, por idade. De autoria de Andrew Postman, o guia cita Agatha Christie na parte dos 62 anos:

Agatha Christie escreve A ratoeira, que se tornarará a peça com maior tempo em cartaz no mundo todo.

Encontrei na rede um blog, de Abel Fernandes, onde você pode ler este e outros feitos citados no mesmo livro, a partir dos 60 anos:

http://abelfernandes.blogspot.com

Recordar é viver: “A ratoeira”, por sinal, foi um dos primeiros posts publicados aqui em nosso A Casa Torta, em janeiro de 2008: confira clicando aqui.

Final de ano, tempo de…

Christmas PuddingO ano passou tão rápido… Dezembro parece que está voando…

Quando Agatha Christie estava em plena atividade, umas das mais ansiosas esperas de muitos leitores espalhados pelo mundo no final de cada ano era o novo livro da Dama do Mistério. Vale lembrar que em 1960 Dame Agatha nos presenteou com o livro de contos “A Aventura do Pudim de Natal”: título mais adequado impossível para os festejos natalinos.

Juntando toda essa fome com a vontade de comer e de comemorar as estatísticas de nosso A Casa Torta, eis o Top20 dos posts mais lidos em nosso blog desde sua estréia:

1. Como servir o chá da tarde ao estilo de Miss Marple
2. Estricnina
3. Carnaval & Commedia dell’arte
4. Café-da-manhã continental versus britânico
5. O dinheiro nos livros de Agatha Christie
6. Amêndoas & Venenos
7. Dr. Crippen
8. Pudim de Yorkshire & Puddings
9. A Dama e as Flores
10. A Casa do Penhasco (Resumo & Notas pessoais)
11. As refeições inglesas
12. Arsênico
13. O diamante Koh-i-noor
14. 1o Desafio Trívia A Casa Torta
15. Jasmim amarelo
16. Charutos de repolho
17. Galeria de Fãs: Betinho
18. Ovos poché
19. Pudim de Natal & Puddings
20. Desenhos & Charges – 2

Eis então nosso Pudim de Natal entre os 20 mais lidos, e nesta época de comes e bebes é um dos mais visitados: aproveite para reler (e preparar) a receita clicando aqui. Depois nos conte como ficou…

Citando Agatha – Semana de 24 a 30.11.2008

Este post pertence à nossa série – publicada sempre às terças – de posts que abrangem um resumo (de alguns) dos blogs que citaram Agatha Christie durante a semana anterior, a fim de registrar, periodicamente, parte desta enormidade de sites que falam, por um motivo ou por outro, sobre a Dama do Crime.Neste post, citações de blogs em português de 24 a 30.11.2008.

26.11.2008
Blog: Espaço e Tempo
Post: EUA: O país onde o fracasso é recompensado

A detetive amadora imaginada por Agatha Christie, baseada na avó da escritora, era equipada com algo mais do que apenas um senso de humor e uma compreensão da natureza humana. Ela também tinha experiência em relação a coisas óbvias que ninguém acredita serem possíveis – até que elas aconteçam. No seu romance de 1950, “A Murder is Announced” (“Convite para um Homicídio”), Christie olhou para o futuro de maneira cômica.

Continuar lendo

Agenda de TV

televisao.jpgFilmes adaptados da obra de Agatha Christie programados pelos canais brasileiros para dezembro de 2008.

As informações foram fornecidas pelos canais e podem sofrer alteração. Consulte o site oficial da HBO, HBO Plus, Cinemax e Maxprime para confirmar a programação. O horário é o de Brasília e vale lembrar que os canais da família HBO exibem o mesmo filme três horas depois, no segundo canal; o Cinemax exibe duas horas depois.

Continuar lendo