Agatha Christie é citada na crítica de André Miranda em O Globo para “Os Oito Odiados”, filme de Quentin Tarantino lançado em janeiro de 2016 no Brasil:
Há dois filmes misturados em “Os oito odiados”, novo longa-metragem de Quentin Tarantino que estreia hoje no Rio. O mais interessante acompanha o misterioso encontro de um bando de homens e uma mulher num bar no meio do nada, presos em decorrência de uma forte nevasca. O cenário é simples, um único palco para que o público não se distraia e preste atenção nos bons diálogos e na mise en scène de qualidade. A estrutura lembra facilmente a de uma peça de teatro, com direito a mistérios de Agatha Christie, narração e até atos para dividir a ação.
Já o filme menos interessante, até um pouco ruim, é justamente o que tem o peso da direção de Tarantino.
Com “Os oito odiados”, o cineasta americano fez seu melhor longa-metragem em uma década, mas ele segue se prejudicando com os excessos de seu cinema. As velhas marcas registradas de Tarantino (violência, tiroteios envolvendo vários personagens, vingança etc.) são espalhadas ao longo das mais de três horas de história, mas sem fluidez com o enredo principal. Voltando à comparação com um espetáculo teatral, é como se seus personagens interrompessem o roteiro para inserir esquetes bizarros e cômicos. Para o diretor, não precisa fazer sentido com o resto, basta ser engraçado como eram os velhos filmes B, ou ultraviolento como muitos westerns. (…)
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Aguarde a resenha de Tommy Beresford para “Os Oito Odiados” no blog Cinema é Magia:
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