Sem revelar os assassinos, Tadeu Goulart comenta quatro dos maiores livros da Dama do Mistério.
Mês: junho 2020
E Não Sobrou Nenhum: Diferenças nas traduções
A diferença das traduções de duas edições muito diferentes, separadas por mais de 30 anos e uma mudança de título. A da esquerda vem da página 24 de “O Caso dos Dez Negrinhos”, edição da Editora Globo de 1988 com tradução de Leonel Vallandro. A da direita, página 45 de “E Não sobrou Nenhum”, edição da Coleção Folha de 2019 com tradução de Renato Marques de Oliveira.
Portraits: 20 fotos de Agatha
Seis décadas: A passagem do tempo nos livros de Agatha
Uma das características mais fascinantes na obra de Agatha Christie é a da longevidade, não somente dos personagens mas da ambientação de suas histórias. Afinal, seus detetives e assassinos começam a aparecer nos anos 1920, tempos onde não havia por exemplo televisão, o telefone ainda era artigo de luxo para muitos, onde ainda se falava em Gripe Espanhola, Primeira Guerra Mundial… e chegam até aos anos 1970, livro a livro, mostrando as novidades que o mundo recebeu tanto em relação a acontecimentos históricos quando a descobertas científicas e invenções tecnológicas…
No trecho abaixo, de “A Noite Das Bruxas” (de 1969, página 54 da edição L&PM Pocket), o diálogo entre Poirot e Ariadne Oliver fala sobre algo impensável no antológico “O Misterioso Caso de Styles”, de 1920: um computador.
Já este segundo excerto é um trecho de “Passageiro Para Frankfurt” (1970, página 39 da edição HarperCollins de 2021):
Anos 1920.
Anos 1930.
Anos 1940.
Anos 1950.
Anos 1960.
Anos 1970.
Do ditafone ao computador, Agatha sempre foi e sempre será fascinante.