Revisão dos clássicos: Alterações das linguagens consideradas ofensivas chegam à obra de Agatha

Uma matéria de Toyin Owoseje em 27.03.2023 no site da CNN conta que os livros de Agatha são as mais recentes obras clássicas a serem revisadas para serem “removidas referências racistas e outras linguagens consideradas ofensivas para o público moderno”. Vale lembrar que, muitos anos atrás, o clássico “Ten Little Niggers” (considerado um dos dez livros mais vendidos da história da literatura mundial) teve seu título alterado, como lembramos ao final deste post:

De acordo com o jornal The Telegraph do Reino Unido, a editora HarperCollins editou algumas passagens e removeu completamente outras de suas novas edições digitais de alguns dos mistérios dos detetives Hercule Poirot e Miss Marple.

As emendas aos livros, publicados entre 1920 e 1976, ano da morte de Christie, incluem mudanças no monólogo interior do narrador. Por exemplo, a descrição de Poirot de outro personagem como “um judeu, é claro” no romance de estreia de Christie, “The Mysterious Affair at Styles” (O Misterioso caso de Styles), de 1920, foi retirada da nova versão.

Ao longo da versão revisada da coleção de contos “Os casos finais de Miss Marple e duas outras histórias”, a palavra “nativo” foi substituída por “local”, relata o jornal The Telegraph.

Uma passagem que descreve um servo como “negro” e “sorridente” foi revisada e o personagem agora é simplesmente referido como “o que acena”, sem referência à sua raça.

E no romance de 1937 “Morte no Nilo”, as referências ao “povo núbio” foram removidas.

O Telegraph relata que a HarperCollins lançou algumas das reedições em 2020, com mais a serem reveladas.

A CNN entrou em contato com a HarperCollins e a Agatha Christie Ltda., a empresa que lida com os direitos literários e de mídia da autora falecida, para comentar.

As mudanças no material de origem ocorreram depois que surgiu no mês passado que os clássicos livros infantis de Roald Dahl receberam tratamento semelhante.

Leia o artigo completo clicando aqui.

Leia também em O Globo:
Romances de Agatha Christie têm trechos ‘potencialmente ofensivos’ removidos de novas edições

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Livros de Agatha: Títulos em traduções curiosas [agosto de 2020]

[*] “Ten Little Niggers” foi publicado pela primeira vez no Reino Unido pelo Collins Crime Club a 6 de novembro de 1939, como Ten Little Niggers, provindo da canção de menestrel Ten Little Indians. A edição dos EUA foi lançada em janeiro de 1940 com o título “And Then There Were None”, que provém das últimas cinco palavras da canção. Todas as reimpressões e adaptações americanas sucessivas usam esse título, exceto os livros de bolso de Pocket Books publicados entre 1964 e 1986, que aparecem sob o título “Ten Little Indians”. No Brasil foi publicado como “O Caso dos Dez Negrinhos” e atualmente como “E Não Sobrou Nenhum”. Em Portugal, foi publicado como “Convite para a Morte” em 1948, “As Dez Figuras Negras” em 2003, e “No Início, Eram Dez…” em 2020. A Publications International lista o romance como o sexto título mais vendido no mundo.

Leia mais a respeito em
wikipedia.org/wiki/And_Then_There_Were_None

Dilys Winn (1939-2016)

Dilys Winn

O site do jornal The New York Times possui uma seção que publica obituários de pessoas importantes cujas mortes foram “esquecidas” na época em que aconteceram. Na própria descrição do site, “part of Overlooked, a series of obituaries about remarkable people whose deaths, beginning in 1851, went unreported in The Times”. Em 10 de março de 2023, a pessoa retratada foi Dilys Winn, que faleceu em 2016. Em 1972, ela teve a ideia de abrir uma livraria somente com livros de mistério:

In 1972, Dilys Winn had an idea to open a bookstore that would sell nothing but mystery stories, but she knew nothing about the book business. She went to Doubleday and Brentano’s shops, jotted down the titles and publishers of the mystery books they carried, then called those publishers and put in her own orders. She found an empty storefront for rent, for $250 a month, adjacent to a parking garage on the Upper West Side of Manhattan, and set up shop there.

When she opened Murder Ink — believed to be the nation’s first bookstore devoted entirely to the genre — she didn’t even have a window sign. But inside the store, compact though it was, one could find every type of mystery: British cozies, unsettling gothics, suspense thrillers, novels about hard-boiled detectives, police procedurals and even unpublished manuscripts — 1,500 titles in all.

(…) Dilys Barbara Winn was born on Sept. 8, 1939, in Dublin. A year or so later she went to the United States with her mother, Estelle, and older brother, Rodger, leaving behind her father, William Monroe Winn, an obstetrician and gynecologist who served in the British Army during World War II. He reunited with them in the U.S. in the mid-1940s.

Winn spent her early childhood in Perth Amboy, N.J., where she lived among extended family and attended public school. She then went to the private Baldwin School for girls in Philadelphia and enrolled in Pembroke College at Brown University.

(…) The Independent Mystery Booksellers Association established a Dilys Award in 1992, presented annually to the mystery title its member booksellers most enjoyed selling. It was discontinued after 2014, however, a reflection of the decline of independent bookstores. After changing hands and locations in New York several times, Murder Ink closed in 2006.

Health problems eventually left her housebound, and she died of kidney disease on Feb. 5, 2016. She was 76. In accordance with her final wishes, her remains were donated to a medical school for students learning how to solve the mysteries of the human body.

Leia o texto completo em
nytimes.com/2023/03/10/obituaries/dilys-winn-overlooked.html

Três Ratos Cegos: Encenação em Niterói, RJ, em 25.03.2023

A turma do Curso de Formação de Atores da Oficina Social de Teatro estreará, no dia 25 de março de 2023, em duas sessões, às 16 e às 19h, o espetáculo “Três Ratos Cegos”. O espetáculo será apresentado no Quintal Centro Cultural, que fica no bairro de Santa Rosa, em Niterói. A classificação etária é 16 anos.

Três Ratos Cegos
Direção e texto: George Ritter (Livre adaptação de Agatha Christie)
Elenco: Fellipe Lira, Gabriela Fontenelle, John Medeiros, Larissa Gouvêa, Maria Andreia, Marina Isis, Mattheus Carvalho e Rodrigo Tavares.
25.03.2023 – Sessões às 16 e 19h
Classificação etária: 16 anos
Ingressos: consultar aquisição pelo whatsapp: (21) 98724-0468

Local: Quintal Centro Cultural
Rua Américo Oberlaender, 580, Santa Rosa, Niterói, RJ

Mistério em Paris: Livremente inspirado em Agatha

Estreia (em 31 de março de 2023) “Mistério em Paris”, uma sequência de “Mistério no Mediterrâneo”. Adam Sandler e Jennifer Aniston protagonizam um novo crime no filme que estreia na Netflix:

Quatro anos após solucionarem o primeiro assassinato, Nick e Audrey Spitz são detetives em tempo integral e tentam fazer sua agência de investigação particular dar certo.

(…) Os produtores Tripp Vinson e James Stern comentam sobre a diferença do segundo para o primeiro filme:

“É muito mais voltado para a ação, e os cenários são maiores e mais robustos. Nossa maior influência ainda é Agatha Christie. Mas, para a sequência, bebemos na fonte de grandes filmes de ação como Busca Implacável”, diz Vinson.

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É Fácil Matar: Adaptação da BBC em breve

De acordo com o site Literatura Policial, a BBC confirmou a adaptação de “É Fácil Matar”, livro de Agatha Christie publicado originalmente em 1939:

A história não tem nenhum dos famosos protagonistas da autora, mas conta com a presença do Superintendente Battle, detetive da Scotland Yard que aparece em cinco livros.

A trama se passa na pequena cidade de Wychwood-under-Ashe, onde um estranho acidente ocorre logo após uma mulher ter compartilhado com o protagonista, o Sr. Luke Fitzwilliam, a suspeita de que há um assassino em série na cidade.

Leia mais a respeito clicando aqui.

No site da BBC:

Screenwriter Sian Ejiwunmi-Le Berre says: “I’ve watched every Agatha Christie adaptation out, because Christie wrote for the world and the whole world loves her back. But somehow I’d never read one of her novels. When I first read Murder is Easy, I couldn’t believe how daring, experimental and furious the book was. Nothing like I’d expected. From the first read, the book was shouting at me how to enter and adapt it, and what’s so exciting is having everyone at Mammoth Screen and ACL jump right in there with me. It’s like going on an extended train journey with a genius sat next to you, whispering the secrets of storytelling into your ear.”

Sian Ejiwunmi-Le Berre e Meenu Gaur

Director Meenu Gaur says: “I am part of the worldwide club of Agatha Christie’s fans and followers and therefore thrilled to be shaping one of her works for the screen. I was drawn to the sassy, cool, witty, and not to be messed with women of Murder is Easy and blown away again by how delightful her characters are.”

A matéria completa:
https://www.bbc.com/mediacentre/2023/agatha-christie-murder-is-easy

The Agatha Christie Mile: Tour por lugares visitados pela mestra do mistério

O site Literatura Policial publicou post em 14.02.2023 sobre o Agatha Christie Mile, um passeio por doze lugares que fizeram parte da vida da autora, como o Grand Hotel, onde Agatha passou a noite de núpcias com seu primeiro marido, em 1914. Hoje em dia, o hotel oferece uma suíte com o nome de Christie. Veja o post clicando aqui:

Empresa oferece tour na cidade natal de Agatha Christie

Expresso do Oriente: Um visita à estação de Sirkeci

Ana Paula Laux, do sempre excelente site Literatura Policial, esteve pessoalmente na Estação de Sirkeci, em Istambul, que guarda memórias do tempo em que saía de lá o trem da famosa linha do Expresso do Oriente:

Fãs de Agatha Christie reconhecerão a estação estação de Istambul de um dos livros mais famosos da autora, Assassinato no Expresso do Oriente.

A linha de trem foi inaugurada em 1883 e funcionava como a rota principal entre Paris e Istambul, ligando também outras cidades importantes. Estes eram considerados trens de luxo, com acomodações pomposas e refeições finas servidas aos seus passageiros. Christie os usou para acompanhar seu marido Max Mallowan, um arqueólogo que fazia escavações no Iraque na época.

A estação está um pouco escondida no antigo terminal. Quando se chega lá, parece que se é transportado de volta ao início do século 20.

Leia a matéria completa com fotos e vídeo clicando aqui.

Ana Paula Laux na estação de Sirkeci

Que tal um chá da tarde com Agatha Christie?

Matéria de Paty Moraes Nobre em 30.01.2023 no site da Isto É traz artigo sobre o luxuoso hotel Brown’s, em Londres, com o sugestivo título “Das grifes ao chá da tarde de Agatha Christie: O que esperar do luxuoso Brown’s, em Londres”. Um trecho:

Fundado há 185 anos, o Brown’s é considerado o primeiro hotel de luxo de Londres. Com uma localização privilegiada, no coração de Mayfair, onde estão as lojas das grifes mais caras do mundo, ele atrai quem deseja ir às compras.

E, ainda, a proximidade com os clubes privativos e badalados não decepciona os amantes das boas noitadas londrinas. Mas, para além dos arredores, o suntuoso cinco estrelas da Rocco Forte Hotels reserva o melhor para o seu interior.

O local é frequentemente visitado por políticos, personalidades e guarda inúmeras histórias. Uma das mais interessantes é que foi no Brown’s, em 1876, que Alexander Graham Bell se hospedou para contar ao governo britânico sobre sua fabulosa invenção, o telefone. Posteriormente, ele fez a primeira ligação telefônica do hotel para James Ford, com o auxílio de uma linha telegráfica privada instalada entre o hotel e a casa de Ford em Ravenscourt Park.

Após recente reforma do piso térreo, a clássica British Drawing Room, que serve o tradicional chá da tarde há mais de um século, está com novo design.

Esse prestigiado salão de chá inglês reserva a experiência de se sentar à mesa preferida de Agatha Christie.

Mesa preferida de Agatha Christie para o chá da tarde

Ao lado, no restaurante Charlie’s, inúmeras opções gastronômicas internacionias enriquecem os visitantes. No menu, caviar, salmão defumado fatiado na frente do cliente e pratos deliciosamente preparados na hora, além das sobremesas impecáveis.

Leia o artigo completo clicando aqui.

Mais sobre o hotel em
www.lartisien.com/hotel/browns-hotel

Outras fotos, presentes na matéria:

Bungo Stray Dogs: Influências de Atsushi Nakajima, Osamu Dazai, Agatha Christie, entre outros

Embora não se aprofunde na referência a Agatha, uma martéria do site IGN fala sobre as influências no Bungo Stray Dogs:

Atsushi Nakajima, Osamu Dazai, Agatha Christie… Pegou a referência? Esses são os nomes dos personagens principais do mangá e anime Bungo Stray Dogs, mas também são nomes de grandes escritores da literatura japonesa e ocidental. As inspirações literárias, todavia, não ficam apenas nos nomes, mas ajudam a construir todo o enredo e dão base ao contexto dos personagens e seus poderes.

Apesar de não ser pré-requisito para entender o anime e o mangá, é muito mais interessante saber de onde vem a construção da narrativa e as motivações de cada personagem. É por isso que o IGN Brasil elaborou um mini guia para você ficar por dentro de todas as principais referências!

A história foi escrita por Kafka Asagiri e ilustrada por Sango Harukawa, e tem como ponto de partida o orfão Atsushi Nakajima e o momento narrado por ele. Expulso do orfanato que considerava seu lar, o garoto conhece algumas pessoas estranhas e curiosas. Uma delas é Osamu Dazai, que muda o rumo da história do protagonista. Osamu apresenta a Nakajima a Agência de Detetives Armados, que promete solucionar casos misteriosos que nem a polícia é capaz.

(…) Apesar dos autores de literatura oriental serem renomados na Ásia, eles ainda são pouco reconhecidos no Ocidente pela dominação estadunidense e europeia na literatura. Além deles, Bungo Stray Dogs também conta com referências como Agatha Christie e Dan Brown.

Leia a matéria completa clicando aqui.

A Garota na Fita: Mais uma série policial com inspiração em Agatha?

Matéria de Rafael Braz no site A Gazeta em 27.01.2023 cita Agatha ao falar de “A Garota na Fita”, série policial da Netflix:

O livro foi um sucesso, ficou quase dois anos na lista de mais vendidos da Amazon na Europa, e ganhou uma continuação quatro anos depois, “O dia em que perdemos o amor”. Castillo se tornou um autor de mistério reconhecido por suas boas reviravoltas e uma escrita acessível – não demorou para surgirem as comparações com Agatha Christie, sua grande inspiração.

(…) Em seis episódios, a série da Netflix acompanha a investigação do desaparecimento de Amaya, uma menina de cinco anos tirada dos pais durante as celebrações da festa dos Reis Magos, nas ruas de Málaga, em 2010. A série, que não é inspirada em nenhuma história real (é sempre bom ressaltar), tem início na celebração, quando conhecemos Ana (Loreto Mauléon) e Álvaro (Raúl Prieto), os pais de Amaya, momentos antes do desaparecimento. (…)

Leia o texto completo clicando aqui.

Histórias de Miss Marple: Uma homenagem a Agatha Christie

O Skeelo traz texto sobre o livro “Histórias de Miss Marple: Uma homenagem a Agatha Christie”, disponível para compras nas principais plataformas a partir de 15.02.2023:

Pela primeira vez em 45 anos, Miss Marple volta às páginas para investigar novos crimes. Agora nas narrativas de doze autoras contemporâneas, a clássica personagem é levada a uma volta ao mundo para desvendar mistérios que só podem ser resolvidos por ela. Nesta coletânea, a detetive investigará um jantar de Natal interrompido por convidados inesperados, descobrirá que o palco da Broadway, em Nova York, está pronto para uma improvisação perigosa e verá um escritor de férias na Itália ser pego em uma situação absurda.

Nas vozes de autoras best-sellers como Lucy Foley, Leigh Bardugo e Alyssa Cole, Miss Marple se apresenta a um novo público sem deixar para trás a essência que a marcou como uma das detetives mais icônicas da literatura, em uma grande homenagem à Rainha do Crime.

Links diretos:
https://skeelo.com/
Na Amazon

Marple: Livro descreve a grande detetive de Agatha Christie

Abaixo, um trecho do artigo…

Novo livro explica a popularidade de Miss Marple, de Agatha Christie

publicado no Estadão, a partir de matéria do The Washington Post, em 10.11.2022:

(…) Esta senhora inspirou várias encarnações teatrais, desde a calorosa Margaret Rutherford até a perfeitamente discreta Joan Hickson. E agora ela chamou a atenção de um grupo de autoras de best-sellers, cada uma tentando sua versão de Miss Marple em uma antologia chamada simplesmente Marple, lançada em 13 de setembro [de 2022]. O ilustre grupo conta com Kate Mosse, Val McDermid, Elly Griffith, Lucy Foley e Ruth Ware. Cada autora captura Christie – e Marple – com perfeição e também exibe um pouco de seu toque particular. A autora feminista Naomi Alderman, por exemplo, descreve um personagem masculino pomposo como alguém que tem uma voz que “explodiu do fundo da barba”. Mais tarde, ele é encontrado de bruços em cima do prato de carne assada, morto por overdose.

Então, o que Marple tem que Poirot não tem? Primeiro, ela é alguém com quem podemos nos identificar. Seria bom tomar um chá com ela. Talvez seja uma das poucas personagens palpáveis e elaboradas de Christie: a consumada solteirona inglesa, vivendo numa típica vila inglesa, com suas fofocas e intrigas. Marple, na verdade, representa toda uma geração de mulheres cujas esperanças de casamento foram frustradas pela perda de mais de um milhão de jovens nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Como jovem de boa família naquela época, ela foi criada para arranjar um bom casamento e não estava preparada para muito mais que isso. Ela claramente tem um cérebro excelente. Em outras épocas, poderia ter ido para a universidade e conseguido uma profissão lucrativa. Em vez disso, ela tem de se contentar com seu jardim e boas obras na paróquia. Não é à toa que dedica seu cérebro e aguçados poderes de observação à resolução de crimes.

A grande vantagem de uma solteirona idosa é que ela é invisível. Ninguém pensa que ela é importante quando ela está lá sentadinha no saguão de um grande hotel com seu tricô. E aí ela ouve, observa e percebe pequenos detalhes que a polícia ignora: unhas roídas na garota errada, um comportamento que parece estranho à personagem. E ela faz comparações com personagens de seu vilarejo: o brilho de triunfo nos olhos de um vigarista a lembra do rosto do coroinha que ganhou na bolinha de gude. Aquele sorriso que ninguém notou. Só ela. (…)

Link para o livro na Amazon: clique aqui.

Na crista da onda: Citações de Agatha Christie na imprensa

Parece que “virou moda” (para utilizar uma expressão fora de moda) citar Agatha ou utilizar seu nome como referência. Vejamos aqui algumas das matérias que saíram na imprensa nas últimas semanas:

[O Liberal] 22.01.2023
Prefeitura de Americana vai distribuir 56 mil livros (*)

[Monitor Mercantil] 16.01.2023
Agatha Christie é a nova CEO da Americanas S/A?

[Galileu] 12.01.2023
Agatha Christie: 6 livros para conhecer a autora de romances policiais

[Bula] 30.12.2022
Como um livro de Agatha Christie, novo filme de mistério da Netflix vai te prender até o último segundo

[Claudia] 29.12.2022
‘Veja Como Eles Correm’ atualiza o gênero criado por Agatha Christie

[Música e Cinema] 28.12.2022
Glass Onion é baseado em livro da Agatha Christie? Revelado

[MegaCurioso] 17.12.2022
5 coisas que você provavelmente não sabia sobre Agatha Christie

[Estadão] 10.11.2022
Novo livro explica a popularidade de Miss Marple, de Agatha Christie

(*) “Há obras de autores como Agatha Christie, Aldous Huxley, Ray Bradbury, Monteiro Lobato, Valter Hugo Mãe e Stella Maris Rezende.”

Um Mistério Knives Out: Resenha de Tommy Beresford para Glass Onion

Foi publicada em 27.12.2022 a resenha de Tommy Beresford para “Glass Onion: Um Mistério Knives Out”, lançado pela Netflix em 23.12.2022. Um trecho:

Falar de “Glass Onion: Um Mistério Knives Out” é tarefa prazerosa para quem é fã de histórias de mistério e suspense, especialmente Agatha Christie. Embora o filme não seja a versão cinematográfica de nenhuma obra da Dama do Mistério, é inevitável lembrar que a autora é fonte de inspiração tanto para este quanto para seu antecessor, “Entre Facas e Segredos”: este, por sinal, passou primeiro pelos cinemas e foi sucesso absoluto de bilheteria, fazendo mais de 300 milhões de dólares a partir de um orçamento bem mais modesto, 40 milhões de doletas. Já este novo filme estreou diretamente no streaming em 23 de dezembro de 2022.

Novamente temos Daniel Craig brilhando no papel do deveras extravagante detetive particular Benoit Blanc, mas “Glass Onion” não repete nem o clima nem o casting do anterior: uma troupe de excelentes atores, entre consagrados e menos conhecidos, compõem o admirável staff de artistas que, até a data desta resenha, fez com que o filme levasse diversos troféus de Melhor Elenco nas primeiras premiações americanas (são quase mais de oitenta) da temporada 2022/2023 (lembrando que esta categoria não existe no Oscar, nem mesmo o garante na categoria de Melhor Filme, embora possa sim ser lembrado na lista de indicações que sairá em breve).

A ideia, ainda que não seja inédita (e nem precisa), é criativa e bem executada: reunir numa casa de luxo no meio de uma ilha (“da fantasia”, ou quase isso) um grupo de amigos que seriam os possíveis “detetives”, na verdade testemunhas, de um assassinato. Benoit Blanc é o único penetra da história e, claro, está nas mãos dele solucionar o mistério. (…)

Leia a resenha completa no blog Cinema é Magia em:
[Resenhas] Glass Onion: Um Mistério Knives Out

The Christie Affair: Daisy Ridley será a protagonista

Daisy Ridley

Matéria no Terra de 02.12.2022 fala sobre “The Christie Affair”, série sobre Agatha (mais especificamente sobre seu desaparecimento):

A atriz Daisy Ridley (“Star Wars: O Despertar da Força”) vai estrelar e produzir uma série chamada “The Christie Affair” sobre a vida da escritora Agatha Christie (“Assassinato no Expresso do Oriente”).

Baseada no livro de Nina de Gramont, a trama se baseia num caso real envolvendo a escritora, que certa vez desapareceu por 11 dias e ninguém soube o que aconteceu nesse tempo.

Desenvolvida pela produtora Miramax TV, a atração foi criada por Juliette Towhidi (“Simplesmente Acontece”) e vai se passar em 1926, ano em que o marido de Agatha Christie, o coronel Archibald Christie, teve um caso extraconjugal com Nan O’Dea. Foi depois que esse caso foi divulgado pela imprensa que Christie desapareceu por 11 dias.

Leia mais clicando aqui.

A Ratoeira: Na Broadway em 2023

De acordo com matéria do Globo Online com o título “‘A ratoeira’: peça de Agatha Christie chega à Broadway depois de 70 anos”, a famosa obra de Agatha em cartaz em Londres desde 1952 e encenada quase 30 mil vezes estará em Nova York. O texto é de Alex Marshall, do The New York Times:

Ao longo dos últimos 70 anos, os frequentadores de teatro em Londres se divertiram tentando encontrar o assassino em “A ratoeira”, clássica peça de mistério de Agatha Christie. Agora,finalmente, o público da Broadway tem a chance de solucionar o crime.

Na última semana, amantes atentos do teatro descobriram o site oficial da peça, anunciando que o espetáculo que detém o recorde de temporada mais longeva no “Guinness” vai estrear na Broadway em 2023. Na internet não é possível saber mais detalhes, mas lá está a promessa de uma “recriação carinhosa” da montagem do West End, com direito à máquina de vento, usada para criar uma rempestade.

Na última sexta-feira, Adam Spiegel, produtor da montagem londrina, confirmou a estreia americana, enquanto celebrava, em uma matinê, o aniversário de 70 anos da peça. Ele disse que não podia dar detalhes, mas que era certa a realização do projeto em 2023.

Não se sabe bem por que “A ratoeira”, que começou como uma peça no rádio, nunca chegou à Broadway. Por décadas — quando ela ainda estava na meia-idade, longe de ser uma septuagenária — alguns críticos diziam que ela era anacrônica, destacando que janelas que rangiam era o mais próximo que ela apresentava de um efeito especial. Em 1960 ela chegou ao circuito off-Broadway, mas nunca aos teatros mais tradicionais.

Ao todo, a peça foi encenada mais de 28 mil vezes em Londres, para um público somado de mais de dez milhões de pessoas. A Rainha Elizabeth foi ver o espetáculo em sua festa de 50 anos, em 2002. Na dos 60, um crítico do jornal inglês “The Times” descreveu “A ratoeira” como “uma excursão para um lugar histórico” e “Um jogo de Detetive ao vivo”.

Leia o texto completo clicando aqui.

Mais posts sobre “A Ratoeira”:
https://acasatorta.wordpress.com/?s=%22a+ratoeira%22&submit=Pesquisa

Leia também:
The Mousetrap: Agatha Christie’s West End hit heads to Broadway after 70 years

Frases (e fases) de Agatha

O site Awebic listou 88 frases atribuídas a Agatha Christie (não conferimos todas):

88 frases de Agatha Christie para quem ama pensar e ser impactado

Meu caro Monsieur Poirot, como posso dizer? É como a lua quando o sol sai. Você não sabe mais que está lá. Quando conheci Linnet, Jackie não existia.

Rian Johnson: A influência de Agatha na sequência de Knives Out

Uma matéria no site Legião dos Heróis traz uma entrevista com o diretor Rian Johnson, de “Glass Onion”, com o sugestivo título “Glass Onion: Rian Johnson comenta influência de Agatha Christie na sequência de Knives Out”. Um trecho:

Ao invés de continuar a história, o diretor pretendia fazer algo novo. Muito disso se deve à influência da autora Agatha Christie, conhecida mundialmente por seus mistérios e narrativas detetivescas. Explicando a inspiração no trabalho da escritora, ele disse:

“Mas o modo como pensávamos em continuar fazendo esses filmes sempre foi não continuar a história do primeiro, mas tratá-los como Agatha Christie tratava seus livros e fazer um mistério completamente novo todas as vezes, com um novo local, uma nova galeria de personagens suspeitos. E também, algo que Agatha Christie fazia que, como um fã, qualquer um que conhece o trabalho dela, ela realmente balançava as coisas de um livro para o outro. Não é só uma mudança no mistério. Ela misturava gêneros. Ela jogava reviravoltas narrativas loucas que nunca haviam sido usadas em whodunnits antes.”

(…) “E também, por mais que exista uma tradição de mistérios de assassinato na aconchegante Inglaterra, ou no nosso caso, casas de campo da Nova Inglaterra, há uma veia muito rica de tradição de assassinatos em viagens,” o diretor disse. “ ‘Morte na Praia’, ‘Morte no Nilo’, ‘O Fim de Sheila’, que é um dos meus filmes favoritos.”

Leia o artigo completo clicando aqui.

Mais posts do A Casa Torta sobre “Glass Onion” e “Knives Out” (“Entre Facas e Segredos”):
https://acasatorta.wordpress.com/?s=Knives&submit=Pesquisa

Knives Out 2: Sequência de Entre Facas e Segredos estreia em dezembro de 2022

Na matéria na Carta Capital, de autoria de Vanessa Thorpe, com o título “Surgem clássicas aventuras policiais a partir de tramas de Agatha Christie” (encontrada aqui), encontra-se esta bela foto de “Glass Onion: Um Mistério Knives Out”. O filme, livremente inspirado em Agatha como seu antecessor, “Entre Facas e Segredos”, estreia na plataforma Netflix em dezembro de 2022.

Marple: Twelve New Mysteries

Trechos da matéria “Novo livro explica a popularidade de Miss Marple, de Agatha Christie” (de Rhys Bowen, originalmente no The Washington Post), publicada no Estadão em 10.11.2022, a respeito de “Marple: Twelve New Mysteries”, lançado em setembro de 2022:

“(…) aí chegamos a Miss Marple, outra personagem constante de Christie. Esta senhora inspirou várias encarnações teatrais, desde a calorosa Margaret Rutherford até a perfeitamente discreta Joan Hickson. E agora ela chamou a atenção de um grupo de autoras de best-sellers, cada uma tentando sua versão de Miss Marple em uma antologia chamada simplesmente Marple, lançada em 13 de setembro. O ilustre grupo conta com Kate Mosse, Val McDermid, Elly Griffith, Lucy Foley e Ruth Ware. Cada autora captura Christie – e Marple – com perfeição e também exibe um pouco de seu toque particular. A autora feminista Naomi Alderman, por exemplo, descreve um personagem masculino pomposo como alguém que tem uma voz que “explodiu do fundo da barba”. Mais tarde, ele é encontrado de bruços em cima do prato de carne assada, morto por overdose.

Então, o que Marple tem que Poirot não tem? Primeiro, ela é alguém com quem podemos nos identificar. Seria bom tomar um chá com ela. Talvez seja uma das poucas personagens palpáveis e elaboradas de Christie: a consumada solteirona inglesa, vivendo numa típica vila inglesa, com suas fofocas e intrigas. Marple, na verdade, representa toda uma geração de mulheres cujas esperanças de casamento foram frustradas pela perda de mais de um milhão de jovens nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Como jovem de boa família naquela época, ela foi criada para arranjar um bom casamento e não estava preparada para muito mais que isso. Ela claramente tem um cérebro excelente. Em outras épocas, poderia ter ido para a universidade e conseguido uma profissão lucrativa. Em vez disso, ela tem de se contentar com seu jardim e boas obras na paróquia. Não é à toa que dedica seu cérebro e aguçados poderes de observação à resolução de crimes.

A grande vantagem de uma solteirona idosa é que ela é invisível. Ninguém pensa que ela é importante quando ela está lá sentadinha no saguão de um grande hotel com seu tricô. E aí ela ouve, observa e percebe pequenos detalhes que a polícia ignora: unhas roídas na garota errada, um comportamento que parece estranho à personagem. E ela faz comparações com personagens de seu vilarejo: o brilho de triunfo nos olhos de um vigarista a lembra do rosto do coroinha que ganhou na bolinha de gude. Aquele sorriso que ninguém notou. Só ela.”

(…) No novo livro Marple, ninguém tentou mostrar a detetive como uma jovem brilhante, nem fazendo algo ousado na Primeira Guerra Mundial. Em cada conto, ela está como a conhecemos: gentil, frágil, idosa e sábia. Ela faz tricô. E pisca muito – o que não me lembro de ver a verdadeira Miss Marple fazendo. Alguns dos contos acontecem na vila natal de Miss Marple, St. Mary Mead, ou vilarejos ingleses semelhantes, enquanto outros locais são mais exóticos. Alyssa Cole a leva para Nova York, Jean Kwok para Hong Kong e Elly Griffiths monta sua deliciosa peça no sul da Itália. Todas as histórias são divertidas, intrigantes, mas devo dizer que descobri o culpado na maioria delas, o que não conseguia fazer nos romances de Christie.

Leia a matéria completa clicando aqui.

Links para compra do livro na Amazon:
https://www.amazon.com.br/Untitled-Marple-Collection-Agatha-Christie/dp/0063136058/
https://www.amazon.com.br/Untitled-Marple-Collection-English-Christie-ebook/dp/B09DNJ4ZZD/

Galileu: Ilustrações de Bernardo França sobre a vida de Agatha

As figuras abaixo estão na matéria “Agatha Christie: conheça a vida da “rainha do crime” em 5 ilustrações” (onde, na verdade, estão 6 ilustrações…) do site da revista Galileu: leia o texto clicando aqui. O ilustrador é Bernardo França.

A Haunting In Venice: Adaptação de Kenneth Branagh para A Noite das Bruxas

De acordo com o portal Terra, a 20th Century Studios vai mesmo produzir a terceira adaptação de Agatha Christie estrelada e dirigida por Kenneth Branagh, após ‘Assassinato no Expresso Oriente’ e ‘Morte no Nilo’:

O estúdio anunciou nesta segunda (10/10) o grandioso elenco de ‘A Haunting In Venice’, que reunirá os atores Jamie Dornan (‘Cinquenta Tons de Liberdade’), Tina Fey (’30 Rock’), Kelly Reilly (‘Yellowstone’), Michelle Yeoh (‘Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’), Kyle Allen (‘O Mapa das Pequenas Coisas Perfeitas’), Camille Cottin (‘Killing Eve’), Jude Hill (‘Belfast’), Ali Khan (‘Red Rose’), Emma Laird (‘Mayor of Kingstown’) e Riccardo Scamarico (‘O Último Paraíso’) num mistério passado na cidade de Veneza, na Itália.

O filme será uma adaptação do romance ‘A Noite das Bruxas’, lançado em 1969, e que se passa após a 2ª Guerra Mundial.

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No CanalTech:

O filme é adaptado do romance A Noite das Bruxas, de 1969, e é a terceira adaptação de uma obra de Christie para as telas dirigida por Branagh, que se mostrou empolgado em guiar um longa mais assustador e que mostrasse melhor o desenvolvimento do inspetor Poirot:

“Este é um desenvolvimento fantástico do personagem Hercule Poirot, assim como da franquia Agatha Christie. Baseado em um conto complexo e pouco conhecido de mistério ambientado no Halloween em uma cidade pitorescamente arrebatadora, é uma oportunidade incrível para nós, como cineastas, e estamos aproveitando a chance de entregar algo verdadeiramente arrepiante para nosso fiel público de filmes”

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RJ: Feira de livros usados em outubro e novembro de 2022

Até 15 de novembro de 2022, uma versão reduzida da tradicional Feira de Livros Usados do Rio de Janeiro estará expondo no Largo do Machado. São poucas barracas, mas procurando bem você consegue achar, em meio às promoções de 3 livros por R$ 10, alguns exemplares de Agatha… ou Mary, como na foto abaixo, tirada em 15.10.2022.