Tom Adams (1926-2019): Embelezando as obras de Agatha

Falecido no final de 2019, as ilustrações de Tom Adams contribuíram muito para destacar os livros de Agatha Christie nas prateleiras das lojas:

O mais curioso é que sua carreira começou com uma simples aposta. Em 1961, o diretor de design Tony Colwell desafiou Adams, dizendo que ele não conseguiria criar um design para o primeiro romance de John Fowles. Sua capa excedeu as expectativas de Colwell e ajudou a tornar o conto sombrio de Fowles sobre sequestro um sucesso de vendas.

Leia a matéria completa do site Hypeness clicando aqui.

Mais sobre Tom Adams (em inglês) em
https://en.wikipedia.org/wiki/Tom_Adams_(illustrator)
https://www.theguardian.com/artanddesign/2020/feb/03/tom-adams-obituary

Clique nas figuras para abrir em tamanho maior:

E Não Sobrou Nenhum: Diferenças nas traduções

A diferença das traduções de duas edições muito diferentes, separadas por mais de 30 anos e uma mudança de título. A da esquerda vem da página 24 de “O Caso dos Dez Negrinhos”, edição da Editora Globo de 1988 com tradução de Leonel Vallandro. A da direita, página 45 de “E Não sobrou Nenhum”, edição da Coleção Folha de 2019 com tradução de Renato Marques de Oliveira.

Nova capa, nova edição: Convite para um Homicídio

A L&PM Editores celebra, com uma edição nova, o excelente “Convite para um Homicídio”:

(…) foi o 50º livro de Agatha Christie e seu lançamento deu origem a uma grande festa de comemoração no Hotel Savoy em Londres, em junho de 1950. Durante o evento, a escritora teria posado feliz para os fotógrafos ao lado de Sir William Collins, da Editora Collins, junto a um bolo cuja cobertura era igual à capa do livro. Convite para um Homicídio é considerado um dos dez melhores romances policiais de Agatha Christie e o melhor dos títulos de Miss Marple.

Leia mais clicando aqui.

Sugestão de leitura: Desenterrando o Passado (Agatha Christie)

Além da sua Autobiografia, Agatha Christie publicou um livro de viagens em que registra as expedições arqueológicas que fez com o marido. O título original [“Come, Tell Me How You Live”] é um verso de Lewis Carroll [Alice Através do Espelho] e o livro é uma resposta da autora às pessoas que perguntavam fequentemente:

“Então você faz escavações na Síria, não é? Conte-me tudo a respeito. Como você vive? Numa tenda?” etc, etc. A maioria das pessoas, provavelmente, não está interessada em saber. São só as miudezas da conversa. Mas, volta e meia, há uma ou duas pessoas que estão realmente interessadas.

O título brasileiro também está relacionado com o mesmo poema de Carroll, em seu último verso: “E desenterrar o passado em longínquas colinas!” A escritora publicou o livro com seu nome de casada, Agatha Christie Mallowan – ela o fez apenas uma outra vez, na coletânea Star Over Bethlehem and other stories [poesias e contos religiosos, não publicado no Brasil].

Ela o escreveu durante a Segunda Guerra Mundial enquanto Max Mallowan estava no Egito e ela em Londres, dividindo seu tempo entre o trabalho na farmácia do hospital e novos romances policiais, uma época produtiva para a escritora. Christie o finalizou em junho de 1945 e Desenterrando o Passado foi publicado em novembro de 1946.

Vale lembrar que este é um registro pessoal e que reflete uma visão de época, anterior ao politicamente correto. Porém, como resistir à profunda auto-ironia da autora?

Fazer compras para um clima quente no outono ou no inverno apresenta certas dificuldades. As roupas do verão passado, que, otimisticamente, a gente pensou que iam “dar”, agora que a hora chegou, “não dão”. Por um lado parecem estar (como as deprimentes relações de móveis em mudanças) “Machucadas, Arranhadas e Marcadas”. (E também Encolhidas, Desbotadas, e Estranhas!) Por outro lado — que lástima alguém ter que dizer isso! — estão apertadas por todos os lados.

No Brasil existe apenas a edição da Nova Fronteira desde 1974 [tradução de Cora Rónai Vieira], esgotada e só encontrada em sebos como os da Estante Virtual. Em Portugal a Tinta da China publicou em 2010 com o título Na Síria, e em inglês exstem diversas edições ainda em catálogo.

Sinopse
A autora narra o trabalho do marido, um dos maiores arqueólogos do nosso tempo, Max Mallowan, e suas implicações para a vida de ambos. A história começa alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial, quando o casal visita o Iraque e a Síria. Agatha Christie faz uma crônica dessa experiência e relata de forma divertida como se vive enquanto se desenterra o passado do Oriente Médio.

Sugestão de leitura: Autobiografia (Agatha Christie)

Para marcar a data do falecimento da Dama do Crime (12/01/1976), vamos relembrar a sua Autobiografia, uma leitura recomendada para os fãs. O livro foi publicado pela primeira vez em novembro de 1977 na Inglaterra e nos EUA, e no Brasil em 1979 pela editora Nova Fronteira com tradução de Maria Helena Trigueiros, a mesma utilizada em outras três editoras [Círculo do Livro, Record e Altaya].

Agatha Christie: Autobiografia já não é mais editada, agora só é possível encontrar exemplares usados em sebos como os da Estante Virtual. A edições da Nova Fronteira e da Record são de capa mole, as da Altaya e Círculo do Livro são capa dura. A da Altaya é dividida em dois volumes, as outras são volume único.

Sinopse
Os fatos mais notáveis da surpreendente carreira de Agatha Christie são muito bem conhecidos. A venda de seus livros só foi superada por Shakespeare e pela Bíblia. Filmes baseados em seus romances – como por exemplo, Assassinato no Expresso Oriente – bateram todos os recordes de bilheteria. Sua peça A Ratoeira, estreada em 1952, ainda hoje lota os teatros. Cada romance seu é presença obrigatória nas listas de best-sellers no mundo inteiro. Em 1971, todos esses feitos foram oficialmente reconhecidos, quando ela recebeu o título de Dame do Império Britânico. Contudo, nem mesmo todos esse sucesso levou-a a romper a privacidade quase absoluta que impôs à sua vida pessoal.

Aqui, enfim, ela narra a história de sua vida, sua infância feliz na pequena cidade de Torquay e no estrangeiro; os devaneios de sua mais remota vida amorosa; seu primeiro casamento com o coronel Christie, que atravessou a primeira guerra e permaneceu feliz até terminar com um desapontamento traumático, os primeiros passos de sua carreira de escritora e do espantoso crescimento de seu sucesso; seu extraordinário segundo casamento com o famoso arqueólogo Max Mallowan e o fascínio que essa nova profissão touxe para sua vida, suas casas e seus jardins, sua família – tudo está aqui.

“Estou satisfeita”, escreveu ao terminar este livro, “fiz o que queria fazer”. Pois, na verdade, essa é a história de alguém que fez exatamente o que queria fazer e o fez excepcionalmente bem.

Agatha & Arqueologia: dois artigos interessantes

Max Mallowan, Agatha Christie e Leonard Woolley em Ur, 1931 ( The British Museum)

Max Mallowan, Agatha Christie e Leonard Woolley em Ur, 1931 (The British Museum)

Um artigo publicado no site Greenwich Citizen relata a viagem que o arqueólogo C. Brian Rose realizou recentemente ao sul do Iraque. Entre narrativas da destruição de patrimônio histórico, cultural e arqueológico  feita pelos soldados estrangeiros na ocupação do país, a autora do artigo cita o museu que Rose representa, na Universidade da Pennsylvania.

Part of that exhibit shows a picture of Agatha Christie with her archeologist husband during the British excavation of Ur in the 1920’s. Christie had written “Murder in Mesopotamia,” during that time.[Greenwich Citizen, 25/12/09]

O escritor Arthur Clark publicou um artigo em que revela um pouco da real personalidade de Agatha Christie, através da percepção de pessoas que a acompanharam nas expedições e que tiveram contato direto, em primeira mão, com a autora.

Robert Hamilton, inspetor de escavações em Nimrud: “As estradas no Iraque eram terrivelmente ruins nos anos 1950, mas Agatha nunca resmungou em nenhum de todos os trancos. Ela aguentava qualquer desconforto. Sua resistência à exaustão física era incrível.” “Agatha tinha uma máquina de escrever e datilograva o tempo todo. Ela escrevia quase todos os dias.”

Rosalind Christie Hicks, filha de Agatha que a acompanhou num acampamento na Síria nos anos 1930: “Ela nutria muita simpatia pelos árabes e pelas pessoas com quem tinha contato. Ela compreendia o modo de viver deles e não tentava interferir na vida deles de modo algum.”

E ela foi conselheira médica para a força de 140 trabalhadores turcos, curdos e árabes. Ela prestou serviços como enfermeira e ajudante de farmácia na Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial, treinamento que foi inestimável quando o médico estava a um dia ou mais de distância. [Arthur Clark para a revista Saudi Aramco World, ed. jul/ago 1990 *]

* Tradução livre.

Motivações para o crime… em 1937

A Morte no Nilo, capa do Círculo do Livro

A Morte no Nilo, capa do Círculo do Livro

— Não creio que o sr. Pennington seja capaz de matar alguém. Ele me parece tão seco, tão gelado, como se não tivesse sangue nas veias…

— Creio que ele possui um forte instinto de preservação.

— Pode ser. E que diz da sra. Ottebourne, com seus ridículos turbantes ?

— Por vaidade…

— Vaidade ? Como motivo para um assassinato ? — perguntou a sra. Allerton, duvidando.

— Os motivos dos crimes são, às vezes, muito triviais, madame.

— Quais os mais comuns ?

— O dinheiro é o mais frequente. Isto é, o obtido das mais diferentes formas. E há a vingança… o amor, o medo, o ódio, a filantropia…

— M. Poirot !

— Não se espante, madame. Já vimos casos em que A matou B para que C pudesse lucrar. Se uma pessoa é considerada nociva para a civilização, sempre aparece alguém bem-intencionado para matá-la, esquecendo-se de que a morte e a vida são privilégios do bom Deus — concluiu Poirot, com gravidade.

(Trecho de “A Morte no Nilo” (1937), página 64, edição Círculo do Livro, tradução de Barbara Heliodora)

Trens

O Mistério do Trem Azul (capa da República Tcheca)

O Mistério do Trem Azul (capa da República Tcheca)

O site Impacto Rondônia traz uma bela sequência de fotos sobre ferrovias, cujo texto introdutório cita um dos mais interessantes livros de Agatha Christie:

Os trens já foram palco de várias histórias e vários filmes como o romance policial de Agatha Christie “O Mistério do Trem Azul” de 1928 e até de filmes mais modernos como o “Night Train (Trem da Noite, de 2009)”. Além de cenários charmosos para belas estórias, eles também são fontes de inspiração para muitos fotógrafos.

Veja as fotos clicando aqui.
E você, quantos livros de Agatha você já leu nos quais os trens tiveram algum papel importante na trama ? São vários…

Os jardins de Greenway House (3)

Enquanto o trabalho de mudança progredia, Hannaford, o jardineiro, que era um velho cão fiel, dedicado aos patrões a quem servira por tanto tempo, chamou-me de parte e disse: “Veja o que salvei para a senhora, o que tirei deles”. Eu não fazia a menor idéia do que ele queria dizer, mas acompanhei-o à torre do relógio, por cima das cavalariças. Aí, passando por uma espécie de porta secreta, mostrou-me uma enorme quantidade de cebolas espalhadas no chão, cobertas com palha, e também pilhas de maçãs. (Agatha Christie, Autobiografia, Círculo do Livro)

Vista do Rio Dart a partir dos jardins de Greenway

Vista do Rio Dart a partir dos jardins de Greenway

 

Outra vista do rio

Outra vista do rio

Estátua de pedra no jardim de Greenway

Estátua de pedra no jardim de Greenway

Este sanitário vitoria foi encontrado enterrado sob uma pilha de folhas durante uma escavação arqueológica nas terras de Greenway. Acredita-se que remonte a meados do século 19.

Este sanitário vitoria foi encontrado enterrado sob uma pilha de folhas durante uma escavação arqueológica nas terras de Greenway. Acredita-se que remonte a meados do século 19.

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Apesar de tudo, não havia motivo para que eu comprasse a Greenway House. Mas como me sentia atraída por essa casa! Sempre soubera que Max não gostava, realmente, de Ashfield. Não porque ele tenha dito isso — mas eu sabia. Acho que, de certa forma, sen­tia ciúmes da casa, pois ela fora uma parte de minha vida que eu não partilhara com ele — era só minha. E Max dissera espontanea­mente acerca da Greenway House: “Por que você não a compra?” (Agatha Christie, Autobiografia, Círculo do Livro)

Entrada para o Jardim Murado Sul

Entrada para o Jardim Murado Sul

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Agatha em Selo – 3

Este é apenas um dos divertidos selos que une personagens da Disney com a clássica história de Agatha Christie “Assassinato no Expresso do Oriente”. A série foi lançada em 1996 em Uganda, e você pode ver os demais exemplares clicando aqui.

Filming 'Murder on the Orient Express', 1996, Uganda

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Agatha em Selo – 2

Hercule Poirot em selo - Nicarágua

Hercule Poirot em selo - Nicarágua

Uma série da Nicarágua homenageou, em forma de selos, os grandes nomes da literatura policial:

El pequeño Belga con la cabeza en forma de huevo, apareció por primera vez en “El Misterioso Asunto en Styles” excrita por Agatha Christie en 1920. Hercules Poirot alcanza fama internacional en 1926, cuando “El Asesinato de Roger Ackroyd” fue publicado. La revelación de este misterio, del narrador como el acusador, originó un violento debate en el mundo de la novela policiaca de ficción.

La popularidad que Poirot recibió entonces ha continuado con él. Sus pequenas “células grises” son legendarias por su exactitud. Poirot está clasificado como perteneciente sistema del intuicionismo, usando el enfoque teorético en vez de cientifico para la deducción.

[Leia mais e veja outra ilustração clicando aqui]

Os jardins de Greenway House (1)

Assim, fomos até a Greenway House; realmente, a casa e os terrenos que a rodeavam continuavam lindíssimos. Era uma residência georgiana, de cerca de 1780 ou 1790, com um bosque que descia suavemente até o Dart e muitas árvores e arbustos — a casa ideal, um sonho de casa. (Agatha Christie, Autobiografia, Círculo do Livro)

Jardim Murado Sul

Jardim Murado Sul

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Agatha Christie and Archaeology

Expresso do OrienteEm sua autobiografia (1977), Agatha Christie dizia:

All my life I had wanted to go on the Orient Express. When I had travelled to France or Spain or Italy, the Orient Express had often been standing at Calais, and I had longed to climb up into it. Simplon-Orient-Express–Milan, Belgrade, Stamboul…

Desnecessário dizer que o Expresso do Oriente foi tema de um de seus livros mais famosos. O site abaixo é apenas uma das quatro seções que fala de Agatha Christie e, nesta primeira parte, tem foco justamente no Orient Express (com destaque para as fotos e ilustrações):

Agatha Christie and Archaeology

Capas originais

Ouvi Poirot murmurar baixinho: – Ah, c’est comme ça!’ – E um instante depois, acrescentou, com a sua fantástica sorte habitual de acertar sempre na mosca (o que procura dignificar dando o nome de psicologia): – Quer dizer que já conhecia Lady Yardly? Ou era seu marido que a conhecia?

– Gregory conheceu-a quando ela esteve na Califórnia, há três anos.- Mary Marvell hesitou por um momento e depois indagou, um tanto bruscamente: – Algum dos dois costuma ler Society Gossip?

Ambos nos declaramos culpados, um pouco envergonhados.

– Fiz a pergunta porque no número desta semana saiu um artigo sobre jóias famosas bastante curioso…

Levantei-me, fui até a mesa, do outro lado da sala, e voltei com o referido jornal.

(“Poirot Investiga”, 1924, conto 1, tradução de A. B. Pinheiro de Lemos)

Copiei esse trecho como mote inicial deste post porque não encontrei ainda referência à existência real de um jornal chamado “Society Gossip”: pode ser mais uma das criações da autora, tal como a Herzoslováquia citada aqui em post anterior. Mas, durante a busca, achei curiosa a capa da edição original de “Poirot Investiga” (abaixo). A figura foi encontrada no artigo em inglês do Wikipedia sobre Poirot Investigates, com os dados abaixo:

Cover artist: W. Smithson Broadhead
Publisher: Bodley Head
Publication date: March 1924
Media type: Print (Hardcover & Paperback)
Pages: 310 pp (first edition, hardcover)

No mesmo ano, Agatha lançaria, em agosto, O Homem do Terno Marrom, cuja capa, também bastante curiosa, está ilustrada ao lado.

Poirot Investiga, 1924, capa original O Homem do Terno Marrom, 1924, capa original

Desenhos & Charges – 2

Selo com Miss MarpleCom poucos dias de inauguração, nosso blog ainda não teve tempo de falar daquela criaturinha aparentemente frágil mas destemida, adorada por todo e qualquer fã de Dame Agatha Christie…

Deve haver uma St. Mary Mead no coração de cada leitor, com uma Miss Marple particular desvendando os mais intricados mistérios do nosso ser em meio ao disse-me-disse do corre-corre do nosso dia-a-dia… 🙂

Por ora, mais uma charge que encontrei na rede, e um selo com a figura de Miss Marple, certamente baseada em Margaret Rutherford, uma de suas intérpretes mais famosas.

Charge com Miss Marple

O caso da patrulha americana

Cover of first edition featuring the former Ten Little Niggers title.O título original da novela “O Caso dos Dez Negrinhos” (Ten Little Niggers/Ten Little Indians) foi motivo de discussão desde antes do seu lançamento nos EUA, entre os grupos envolvidos com questões raciais – tanto assim que os editores foram obrigados a mudar o título para And Then There Were None (E Então Não Sobrou Nenhum), em 1940. Em Portugal pode-se encontrar como “Convite Para A Morte” ou “As Dez Figuras Negras”.

Recentemente, o líder do Project 21, um movimento que se propõe a dar voz aos afro-americanos da ala conservadora da sociedade, Mychal Massie publicou um artigo condenando o que ele considera exagero de um membro do NAACP (National Association for the Advancement of Colored People).

Segundo o artigo, Gary Hines, diretor executivo do NAACP, ameaçou um protesto contra a produção e encenação da peça de Agatha Christie na escola Lakota East High School em Ohio (EUA) porque a peça “trata de genocídio e oculta intenções desprezíveis contra os nativos americanos”.

A escola reconheceu que usou uma versão antiga e não-autorizada do script (Ten Little Indians) e permitiu que a apresentação da peça, com uma nova edição revisada e autorizada*, acontecesse em 13 e 14 de dezembro de 2007, depois que a censura de Hines foi discutida pela mídia norte-americana no país inteiro.

Mesmo assim, Gary Hines do NAACP não ficou satisfeito, o que levou Mychal Massie do Project 21 a escrever o artigo How to beat a bully (em tradução aproximada: “como combater um tirano”; bully é aquele que intimida, ameaça, maltrata, persegue, humilha…).

How to Beat a Bully
by Mychal Massie

My advice to the Lakota Local Schools of Liberty Township, Ohio is that it is sometimes wise to ignore a bully. Continuar lendo