A Casa do Penhasco (Resumo & Notas pessoais)

Capa do livro A Casa do Penhasco - Ed. Nova FronteiraAtenção!

Este é um resumo do livro “A casa do Penhasco” e contém informações sobre o caso, o(a) assassino(a), a solução, etc.

Só clique no link “Continuar lendo” se já conhece a história, a trama, já sabe quem é o(a) culpado(a) ou então não se importa com isso.

Se deseja ler uma sinopse, citações sem spoilers, recomendo este outro post.

Caso queira prosseguir a leitura, por favor, seja bem-vindo…

Título original: Peril At The End House
Ano de lançamento: 1932

O detetive belga Hercule Poirot passa uma temporada de veraneio na Cornualha, no balneário de St. Loo. Ele já está aposentado e pretende apenas descansar.

Em sua companhia está seu velho amigo, o Capitão Hastings. Neste livro ele já está casado há 5 anos e administra uma fazenda na Argentina. Hastings passa férias na Inglaterra e se interessa pelo destino de Michael Seton, um piloto aventureiro que tinha desaparecido enquanto tentava completar a volta ao mundo num avião anfíbio e é manchete em todos os jornais.

Enquanto ambos estão à sombra do Hotel Majestic, Poirot recolhe o que parecia ser uma pedrinha do chão. Uma jovem aproxima-se deles e Poirot força um encontro, pois a pedrinha era na verdade uma bala de pistola disparada contra a jovem Nick Buckley, proprietária da Casa do Penhasco, que passou raspando pelo seu rosto.

Nick havia escapado de outras três tentativas de assassinato na mesma semana, mas não considerou isso seriamente. Poirot teve que tomar conta da situação, obrigando-a a chamar uma pessoa fora do círculo que freqüentava a casa naquele momento, com o objetivo de protegê-la de novos atentados.

Nick (cujo nome real era Magdala) chamou sua prima Maggie Buckley para passar uns dias em sua companhia. Os demais visitantes eram Frederica “Freddie” Rice, amiga de Nick com um histórico matrimonial digno de piedade; Jim Lazarus, dono de galeria de arte que estava apaixonado por Freddie; Comandante George Challenger, quarentão que pretendia pedir Nick em casamento; Charles Vyse, advogado e primo de Nick, que também tinha pretensões quanto à mão dela, e os Croft, casal australiano que alugava o chalé perto do portão da propriedade. Havia também a empregada Ellen, seu marido jardineiro e o filho de 11 anos, uma criança com interesses mórbidos.

Entrementes, novas notícias confirmam que o aventureiro Michael Seton havia morrido. Durante a exibição de queima de fogos a que muitos amigos e conhecidos de Nick foram convidados, Maggie é assassinada enquanto vestia um xale de Nick. Nick fica inconsolável e Poirot decide interná-la numa casa de repouso, com ordens estritas que proibiam todas as visitas.

Poirot e Hastings viajam a Londres para prosseguir a investigação e descobrem que o tio de Michael Seton, um misógino que havia morrido uma semana antes, era o segundo homem mais rico da Inglaterra e deixara quase toda sua fortuna para seu único sobrinho. O advogado da família Seton também informou que Michael havia deixado um testamento que beneficiava Magdala Buckley, sua noiva.

Enquanto isso, Nick sofria uma quinta tentativa de homicídio ao comer bombons recheados com cocaína. Poirot resolve encenar a morte de Nick e, graças a uma sugestão de Hastings, reúne todos os suspeitos para uma sessão mediúnica após a leitura do testamento de Nick.

Nessa reunião três fatos acontecem:
. o marido de Freddie ressurge e tenta matá-la com um tiro, que passa de raspão pelo ombro, e depois suicida-se, deixando Freddie livre para casar-se com Jim Lazarus, agora que ela livrou-se do vício da cocaína. Freddie acha que ele atirou em Maggie por engano, no escuro;
. o testamento de Nick surpreende a todos pois deixava todos os seus bens para a Sra. Croft. Nick havia dito a Poirot que seu testamento deixava a casa para seu primo Charles Vyse e o que sobrasse para Freddie, e que o Sr. Croft se oferecera para colocá-lo no correio para o advogado dela;
. o “fantasma” de Nick aparece, assim como a pistola usada no atentado na praia e no assassinato de Maggie, no bolso do casaco de Freddie.

Os fatos, que poderiam indicar Freddie ou os Croft como suspeitos, na verdade ocultavam a verdade: a vítima não era Nick, e sim sua prima Maggie, que também chamava-se Magdala Buckley e era a verdadeira noiva de Michael Seton, portanto sua herdeira e herdeira indireta da fortuna do tio dele.

Poirot usou o estratagema da sessão mediúnica para apanhar Nick em flagrante, o que conseguiu quando o Inspetor Japp escondeu-se na casa e testemunhou quando Nick apanhou a pistola de um esconderijo e o colocou no casaco de Freddie.

Descobrimos também que o Comandante George Challenger, que Hastings admirava por ser um “típico britânico honrado”, era o fornecedor de drogas de Freddie e de Nick, e o casal Croft era uma dupla de trapaceiros conhecidos que falsificara o testamento dela.

Notas pessoais
Contém informações essenciais sobre outro livro de Agatha Christie (spoilers). Se quer ler mesmo assim, clique com o ponteiro no mouse no final da seta e arraste para iluminar o texto oculto
. —> Eu achei a solução deste livro bem parecida com a de “Convite para um homicídio”. Aqui são duas primas com o mesmo nome, lá duas irmãs gêmeas. Em ambos a pretensa vítima dos atentados é na verdade a culpada. Em ambos houve o que parecia ser uma “vítima colateral”, confundida com a pretensa vítima, e que na verdade eram os alvos principais. Em ambos houve o momento mediúnico que delatou as culpadas. Foi graças a essas semelhanças que descobri a solução da Casa do Penhasco antes do final. <—

A Casa do Penhasco
Ed. Nova Fronteira (2ª edição)
Tradução: Lays Miriam Pereira Lira
Ano: 2007
Páginas: 220

Personagens
Hercule Poirot, Capitão Arthur Hastings, Inspetor Chefe Japp.
Também: Os Buckleys: Reverendo Giles, Jean, Maggie e Nick, Comandante George Challenger, Bert e Milly Croft, Dr. Graham, Jim Lazarus, Dr. MacAllister, Mr. Rice, Frederica Rice, Charles Vyse, Dr. Whitfield, Ellen Wilson

Método de assassinato

Um tiro.

4 pensamentos sobre “A Casa do Penhasco (Resumo & Notas pessoais)

  1. Adoro Agatha, seu blog é incrivelmente interessante. Infelismente, eu acabo esquecendo ou confundindo as sinopses dos livros, pois leio aos poucos há anos, em forma de livros de bolso. Mas estou sempre lendo “Testemunha de acusação e outras histórias”, lançado pela L&PM Editores – L&PM Pocket. É um pouco estranho ler peças teatrais no começo, pois estou acostumado com a linguagem dissertativa dos livros anteriores, mas estou gostando. Abração

    Gian

    TERROR? SÓ SE FOR DE OLHOS BEM ABERTOS!!!
    http://deolhosabertos.blogspot.com

  2. Obrigado, Gian, pela visita. Para quem gosta de terror, já percebi que seu site é um prato transbordante. Volte sempre.

  3. Gian, seja bem-vindo!

    Eu também estranho quando leio as peças teatrais. A imaginação é mais exigida, tem que ir preenchendo as lacunas porque é praticamente só diálogo e descrição de ambiente… Quando aparece o mesmo livro na opção romanceada eu leio os dois, claro, mas prefiro o romanceado!

    Hora Zero, por exemplo, que também está nesse mesmo livro, achei num sebo, romanceado, e está na pilha esperando a vez.
    😉

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