Cai o Pano: Quando a analogia é sem noção (e sem necessidade)

Entra ano, sai ano, e a imprensa volta e meia consegue encaixar Agatha em todo tipo de notícias, até mesmo de… economia? No site da revista Valor, em matéria de 01.04.2024:

Em sua carta referente a março, antecipada ao Valor, a Kinea Investimentos avalia o que esperar para a reta final do mandato de seis anos de Roberto Campos Neto à frente da autoridade monetária e, na visão da gestora, uma taxa de 9% no fim do atual ciclo de flexibilização “nos parece irrealista no momento”. “O cenário mais provável nos parece um corte adicional de 0,5 ponto [em maio], seguido de ajustes menores, com taxa ‘terminal’ esperada na casa de 9,5%.”

Na carta, a Kinea faz uma analogia a “Cai o Pano”, obra da escritora Agatha Christie e o último livro a ser protagonizado pelo detetive Hercule Poirot. “A expressão também é usada metaforicamente para indicar o fim de um evento ou período”, diz a Kinea, ao lembrar que 2024 será o último ano com Campos Neto no comando do Banco Central. (…)

Oi?

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Styles, eternamente

Mais um texto (o enésimo, mas que seja, é sinal de que o livro é amado e eterno) sobre “O Misterioso Caso de Styles”. Abaixo, um trecho da longa matéria de Cherylann Mollan, para a BBC, em 04.02.2024, com título “O assassinato em hotel da Índia que inspirou 1º livro policial de Agatha Christie”:

(…) Em setembro de 1911, Frances Garnett Orme, de 49 anos, foi encontrada morta em seu quarto no Savoy, um hotel de luxo construído por um advogado irlandês. Uma autópsia descobriu que Frances tinha sido envenenada com ácido prússico, um veneno à base de cianeto. Sua amiga Eva Mount Stephens, de 36 anos, foi acusada do crime.

O caso ganhou manchetes pelo mundo todo por causa da “peculiaridade das circunstâncias que o cercam”, como observou um jornal australiano em 1912. Os jornais britânicos publicaram detalhes do julgamento com manchetes como ‘julgamento de assassinato de Mussoorie’, ‘mistério do hotel’ e o ‘julgamento de olhar de cristal’.

O autor indiano Ruskin Bond, que mora em Mussoorie e escreveu extensivamente sobre a tranquila e verdejante cidade de colina, fez uma conexão entre esse famoso assassinato e o primeiro livro de Christie em um de seus ensaios.

Ele diz que Christie “usou as circunstâncias do crime” em seu livro, pois o caso foi “uma sensação” quando aconteceu. (…)

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Cartas & detetives: Agatha é do baralho

Na Amazon, por US$ 14,90, você pode adquirir um baralho com desenhos de personagens da Dama do Mistério (inclusive a própria Agatha é representada):

Laurence King Agatha Christie Playing Cards

Na descrição do site:

– LEARN MORE ABOUT CHRISTIE AND HER CHARACTERS in the accompanying booklet, which includes expert notes on everything in the deck

– THE PERFECT GIFT for any bookworm, or fan of Agatha Christie

– EASY HANDLING: Contains 54 playing cards with professional quality finish and no show-through that will not crack or bend when shuffled or flexed

– EXPLORE THE ENTIRE SERIES: this card game is part of our ongoing collaboration with Agatha Christie Ltd, including The World of Agatha Christie and Agatha Christie Bingo

Vale lembrar que há vários produtos “baseados em Agatha” à venda na Amazon, inclusive um…

Quebra-cabeça de 1000 peças The World of Hercule Poirot

… e até uma espécie de bingo [?]:

Laurence King Agatha Christie Bingo Medium

Mortes por Envenenamento: Além de Agatha, Cecil Walsh (1869-1946)

Matéria de Cherylann Mollan para a BBC News na Índia, publicada no site da BBC News Brasil, fala bastante sobre “O Misterioso Caso de Styles”, primeiro clássico de Agatha Christie, mas também cita que Agatha não foi a única autora a se inspirar em mortes por envenenamento na Índia:

Cecil Walsh narrou um crime passional que aconteceu em Agra, então um território sob as Províncias Unidas de Agra e Oudh, na Índia governada pelos britânicos, que chocou o mundo.

Em “The Agra Double Murder: A Crime of Passion from the Raj” (“O duplo assassinato de Agra: um crime passional do Raj”, em tradução livre), ele escreve sobre como Augusta Fullam, uma inglesa que mora na cidade de Meerut, e o Dr. Clark, um homem anglo-indiano, conspiraram para envenenar seus respectivos cônjuges para ficarem juntos.

Assim como nos EUA e na Europa, os casos de envenenamento eram comuns na Índia no século 19. A venda de substâncias tóxicas, particularmente arsênico, não era controlada.

Em seu livro Toxic Histories: Poison and Pollution in Modern India (Histórias Tóxicas: Veneno e Poluição na Índia Moderna, em tradução livre), David Arnold escreve sobre como envenenamentos por arsênico forneceram o “impulso primário” para a elaboração da Lei de Venenos indiana em 1904 para regular a venda e o uso de venenos.

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Artigo original:
Agatha Christie: The Indian hotel murder that inspired the queen of crime

Mais em
The Agra Double Murder: A Crime of Passion from the Raj
Books by Cecil Walsh

[Galeria de Fãs] Dann McDorman

Dann McDorman

Matéria do Globo Online com o título “Devoto de Agatha Christie, o americano Dann McDorman subverte as regras do romance policial em best-seller” fala sobre “Os pecados de West Heart”, romance policial do americano Dann McDorman:

Há quase um século, Agatha Christie indignou puristas em “O assassinato de Roger Ackroyd”. Na obra de 1926, a “dama do crime” usa um narrador muito menos confiável do que parece ser, subvertendo a clássica história de detetive.

O clássico acaba se transformando em pista para desvendar a trama de “Os pecados de West Heart”. Sucesso de público nos Estados Unidos no ano passado, o romance policial do americano Dann McDorman, que está sendo adaptado para a Broadway, acaba de ser lançado no Brasil. Devoto de Christie, o jornalista americano ousou, em seu primeiro passeio pelo bosque da ficção, ir além.

McDormann brinca sem medo com estrutura e narração. Implode a quarta parede. Deixa autor e leitores em posições para lá de suspeitas após a sequência de mortes ocorridas em três dias durante um feriado de verão em um clube de caça de elite nos anos 1970 no norte do estado de Nova York.

Em entrevista por videochamada de sua casa no Brooklyn, em Nova York, McDorman cita suas influências, que inclui os suspeitos de sempre e alguns convidados da alta literatura:

— Meu livro tem quatro pais: a Agatha Christie das histórias do detetive Hercule Poirot, o Dashiel Hammett de “Tiros na noite” e “O falcão maltês”, o Ítalo Calvino de “Se um viajante numa noite de inverno” e toda a obra de Jorge Luis Borges.

Elementar, mas nem tanto assim. McDorman desafia e anima o leitor ao comungar com o autor seu conhecimento nérdico da literatura do crime. E, ao mesmo tempo, em interrogatório imaginário, nos indaga: por que seguimos tão interessados em histórias calcadas em violência e morte? Quais as razões mais profundas de nosso amor por Sherlock Holmes, Miss Marple, Sam Spade e Dupin, sem jamais, claro, esquecer que o assassino sempre foi o Coronel Mostarda, na biblioteca, usando uma chave inglesa. Ou não?

— Em West Heart, todos têm, de certa forma, culpa por algo, mesmo que não seja necessariamente um assassinato — explica o escritor. — Daí os pecados do título da versão brasileira (o original, “West Heart kill”, brinca com dois usos de kill, “matança” e “riacho”, que não faria sentido em português). É como na vida aqui fora, só que no livro eles estão na clássica situação de “quarto fechado”, presos no clube com um ou mais assassinos, após uma tempestade. Somos forçados, todos, a resolver problemas urgentes. E nada mais urgente do que a morte.

Leia a matéria completa clicando aqui.

Anatomia de Uma Queda: Muito além de um mistério

É verdade que há textos que se referem a “Anatomia de Uma Queda”, premiadíssimo filme francês indicado em cinco categorias do Oscar 2023/2024 e vencedor da Palma de Ouro em Cannes, como um “filme de mistério”, “suspense criminal” ou “filme de tribunal”… até Agatha foi citada, como na crítica do CinePop (leia a crítica completa clicando aqui)…

“(…) Um detalhe extremamente importante para o sucesso do projeto é a naturalidade da atriz Sandra Hüller. Ela comunica-se com dificuldade em francês e depõe em inglês na corte francesa, já que sua língua materna torna-se obsoleta longe de casa. Esta pequena peça da história constrói em torno de si uma verdadeira combustão de intrigas.

Com a impressão do encontro entre História de um Casamento (2019), de Noah Baumbach, e os crimes de Agatha Christie. Os advogados de ambos os lados colocam toda a vida do casal em evidência sobre a mesa dos juízes. Esmiuçando os detalhes da relação entre o casal, suas brigas, dilemas e frustrações, assim como a relação dos pais com o único filho e por fim o perfil representativo de Sandra e Samuel. (…)”

Mas fica aqui a dica da resenha sobre este excelente filme do Cinema é Magia:

[Resenhas] Anatomia de Uma Queda

Nos cinemas em janeiro de 2024, não percam.

A Noite do Crime: Mais um livro das Agathas nas livrarias

Matéria do site “Na Mira” de 17.01.2024 com o título “Agatha Christie ‘ajuda’ a solucionar um novo crime” fala sobre o livro “A Noite do Crime”, a segunda aventura detetivesca das “Agathas” criadas pelas autoras Kathleen Glasgow e Liz Lawson:

As protagonistas Alice Olgive e Íris Adams estão de volta no lançamento ‘A noite do Crime’ para resolver mais um assassinato. Nesta missão, elas vão contar com os ensinamentos de Agatha Christie e usar a genialidade dos icônicos detetives criados pela Rainha do Crime – Hercule Poirot e Miss Marple – para desvendar um possível caso de feminicídio na misteriosa cidade Enseada do Castelo.

Coescrita pelas best-sellers Kathleen Glasgow e Liz Lawson, esta nova trama, que revisita a série “Agathas”, se passa meses após as jovens desvendarem o mistério por trás da morte de Brooke Donovan, ex-melhor amiga de Alice.

Incentivadas a fazer a diferença na cidade, em que a polícia não é boa em solucionar os casos, elas decidem investigar mistérios mais antigos, como a morte de uma estrela de cinema no Castelo Levy, em 1949, em que as autoridades também erram na investigação e alegaram ser um acidente.

Porém, enquanto bisbilhotava o castelo durante um baile da escola, Alice Olgive se depara com uma cena arrepiante na sacada: uma de suas colegas de classe, Rebecca Kennedy, caída em uma poça de seu próprio sangue, e outra, Helen Park, de pé ao lado da vítima. A polícia de Enseada do Castelo acha que é um caso de fácil solução, mas Alice e Íris não tem a mesma convicção. Park não é uma assassina – e as garotas sabem muito bem que, assim como nos mistérios de Christie, na vida real as coisas raramente são o que aparentam.

Quanto mais analisam o ocorrido, as adolescentes percebem que há uma ligação peculiar com a morte que aconteceu naquele mesmo local décadas atrás. Afinal, a Rainha do Crime sempre deixou claro que qualquer um pode ser o culpado e, às vezes, a resposta não é tão simples como se imagina.

Leia o texto completo clicando aqui.

Veja como adquirir na Amazon, clicando aqui.

Vaga-lume: Mais uma homenagem à célebre coleção brasileira

Matéria da Folha de São Paulo de 14.01.2024 com o título “Coleção Vaga-Lume ganha homenagem em livro com easter eggs de obras famosas” fala da lendária série de livros brasileira que possui em seu catálogo de mais de 100 títulos seus diversos livros de mistério e suspense, como “O Escaravelho do Diabo” e “O Caso da Borboleta Atíria”, clássicos brasileiros do gênero. Um trecho:

(…) Depois de cinco livros publicados na Vaga-Lume, Marcelo Duarte agora reforça seu lugar no time de autores e de fãs da coleção ao lançar “Detetive Vaga-Lume e o Misterioso Caso do Escaravelho”, uma homenagem aos 50 anos da série e um presente para quem gosta de aventura e mistérios.

Não só porque, assim como todos os outros livros da Vaga-Lume, este também tem uma trama com um segredo a ser desvendado, mas porque Marcelo “escondeu” ao longo das páginas 50 “easter eggs”, nome que se dá às surpresinhas que os criadores de uma coisa deixam espalhadas para que os usuários encontrem aos poucos.

“No começo fiquei com medo de ficar meio bobo. Mas aí fui pesquisar os livros, reli alguns, encontrei editores, fui entendendo a história da coleção e as ideias começaram a vir na cabeça naturalmente. Começou a ficar divertido”, conta Marcelo.

As surpresinhas começam pelo título e aparecem, por exemplo, como nomes de lugares e personagens tirados de livros como “O Escaravelho do Diabo” (1974), “Aventuras de Xisto” (1982) e “O Rapto do Garoto de Ouro” (1982). A oncinha de pelúcia que uma das protagonistas carrega se chama Pimpa, igual à menina que perde a mãe e fica órfã em “Sozinha no Mundo” (1984).

Para ninguém perder nenhum dos easter eggs, o novo livro vem com um encarte com todas as referências e as páginas em que elas estão localizadas. O livreto, inclusive, também é uma menção à Vaga-Lume –dentro de cada obra da coleção vinha o Suplemento de Trabalho.

Leia a matéria completa clicando aqui.

Leia também:
Lembranças dos anos 70: A eterna e inesquecível Série Vaga-lume • abril, 22 2017
Série Vaga-lume: A volta dos que nunca foram • outubro, 28 2020
Série Vaga-lume: 50 anos de muito sucesso e muitos lançamentos • março, 25 2023
Éramos Seis: 80 anos da publicação e 50 anos do lançamento na Série Vaga-lume • junho, 25 2023

É Fácil Matar: Nova versão de Murder is Easy estreia em dezembro de 2023

Com diversas adaptações para a TV (incluindo uma de 1982 e a de 2008 com Benedict Cumberbatch), vem aí mais uma versão de “É Fácil Matar” (1939).

No perfil do Facebook “Quintessential British and Irish Stage, Film and Tv Drama Actors”:

First look at Murder is Easy, a new two-part thriller based on Agatha Christie’s 1938 novel. The show, from producers Mammoth Screen and Agatha Christie Limited, will be coming soon to BBC One and iPlayer and on BritBox International’s streaming services.

Filmed in Scotland over the summer of 2023, it is directed by Meenu Gaur with the screenplay by Siân Ejiwunmi-Le Berre.

No site “Radio Times”:

The BBC has released new images ahead of the release of Agatha Christie’s Murder Is Easy on Wednesday 27th December.

The series is full of familiar faces and is led by David Jonsson (Rye Lane) as Luke Fitzwilliam, who meets a woman that tells him there is a killer on the loose in the sleepy village of Wychwood under Ashe, and things are more deadly than meets the eye.

The two-part series follows Fitzwilliam as he investigates the case, and now there are pictures to go alongside his journey for the truth.

Leia mais em
https://www.radiotimes.com/tv/drama/murder-is-easy-new-images-newsupdate/

Assassinato no Fim do Mundo: Bebendo na fonte de Agatha

O título da matéria da Veja de 24.11.2023 é bastante sugestivo: “Série ‘Assassinato no Fim do Mundo’ coloca Agatha Christie na era da IA”. Abaixo, um trecho do artigo, de Kelly Miyashiro:

Filha de um legista, Darby Hart (Emma Corrin) aprendeu desde cedo a ficar confortável perto de um cadáver — e a ouvir do pai, que a criou sozinho, os pormenores que caracterizam um assassinato. Sua outra atividade favorita também não era lá comum aos adolescentes: Darby nem tinha atingido a maioridade e já era uma hacker habilidosa. Ao unir as duas competências, a jovem começou a investigar crimes sem solução com a ajuda de outros programadores em foruns on-line. Logo deparou com uma realidade que não poderia ser chamada de coincidência: a maior parte das vítimas eram mulheres. Protagonista da série Assassinato no Fim do Mundo, novidade da plataforma Star+, Darby muda completamente de vida quando descobre um serial killer.

(…) A produção em sete episódios, lançados semanalmente, às terças, é cria do mesmo casal por trás da peculiar série de ficção científica The OA, da Netflix, os americanos Zal Batmanglij e Brit Marling (ela também atriz, intérprete da esposa do bilionário). A dupla bebe do cânone literário dos britânicos Agatha Christie e de Arthur Conan Doyle, criador do detetive Sherlock Holmes, para mergulhar de forma filosófica na complexa dualidade que separa ricos de pobres, homens de mulheres e, mais assustadoramente, humanos da tecnologia.

Leia a matéria completa clicando aqui.

Revendo Assassinato no Expresso do Oriente, 1974

Último feriado (e chuvoso) antes do Natal de 2023 serviu para assistir, após o almoço, à versão 1974 de “Assassinato no Expresso do Oriente”.

Confesso que assisti na TV há muitos anos mas já não me lembrava mais, e a obra de Sidney Lumet entrou no catálogo da Amazon Prime Video. A versão de 1974 é beeeem mais fiel ao livro original do que a de 2017 (resenha aqui), e sem super mega escalafobetices branaghianas.

Só acho que, apesar do bifão suculento do Albert Finney (*) no final, nenhum Poirot do cinema me é satisfatório. Ainda nutro mais simpatia pelo David Suchet na série e, no cinema, aceito marromenos o Peter Ustinov. Mas acho que é porque o Poirot que construí na minha mente desde 1982 definitivamente é só meu.

Finney concorreu ao Oscar de Melhor Ator 1974/1975 enfrentando Dustin Hoffman, Jack Nicholson e Al Pacino, mas perderam para Art Carney (por “Harry & Tonto”, quem lembra?). Finney nunca levou o Oscar, mas venceu o Globo de Ouro 3 vezes, ganhou em Veneza, Berlim, o SAG e o BAFTA por 4 outros filmes.

Pelo “Expresso”, Ingrid Bergman levou seu terceiro Oscar.

A Noite das Bruxas: Primeira premiação

A controversa adaptação de “A Noite das Bruxas” de Kenneth Branagh, lançada com sucesso em 2023, já levou seu primeiro troféu, em uma das primeiras entre as centenas de premiações do cinema que acontecem entre outubro de 2023 e março de 2024, antes da entrega do Oscar. Foi um prêmio para sua trilha sonora (de Hildur Guđnadóttir).

Confira em

Hollywood Music in Media Awards 2023: Vencedores

Morte Sobre o Nilo 1978: 45 anos do lançamento do longa

Em 29 de setembro de 1978 (nos EUA) e 23 de outubro de 1978 (no Reino Unido) era lançado “Death On The Nile”, longa de John Guillermin que adaptava o clássico de mesmo nome lançado por Agatha Christie em 1937. No Brasil, ao ser lançado nos cinemas em 25 de dezembro de 1978, o filme recebeu o título de “Morte Sobre o Nilo”.

Considerada por muitos (e por mim) a melhor adaptação desta obra, contava com elenco de estrelas:

– Peter Ustinov como Hercule Poirot
– Simon MacCorkindale como Simon Doyle
– Lois Chiles como Linnet Ridgeway-Doyle
– Bette Davis como Marie Van Schuyler
– Mia Farrow como Jacqueline de Bellefort
– Jane Birkin como Louise Bourget
– Jon Finch como James Ferguson
– Olivia Hussey como Rosalie Otterbourne
– George Kennedy como Andrew Pennington
– Angela Lansbury como Salome Otterbourne
– David Niven como Coronel Race
– Maggie Smith como Srta. Bowers
– Jack Warden como Dr. Ludwig Bessner

entre outros.

Abaixo, uma homenagem aos 45 anos do filme, no Facebook. Mais posts sobre o filme (e sobre a versão 2022 também) em
https://acasatorta.wordpress.com/?s=%22morte+sobre+o+nilo%22+1978&submit=Pesquisa

Dicas e mais dicas de séries e filmes baseados em Agatha

Nesses tantos anos de A Casa Torta, o que não falta é dica de filmes e séries. Relembramos algumas, compiladas por uma matéria de Kelvin Leão em 23.10.2023 no site Olhar Digital:

Os 10 Melhores Filmes e Séries adaptados das obras de Agatha Christie

A lista é ótima e sobre a maioria já falamos aqui no blog. Sempre com a ressalva sobre a recente adaptação de “A Noite das Bruxas”, sobre a qual você pode ler em nossa resenha originalmente publicada no Cinema é Magia, clicando aqui:

[Resenhas] A Noite das Bruxas

A lista do Olhar Digital:

– E Não Sobrou Nenhum (And Then There Were None, 2015)
– Agatha Christie’s Poirot (1989 – 2013)
– Assassinato no Expresso Oriente (1974)
– Morte Sobre o Nilo (1978)
– A Noite das Bruxas (2023)
– Why Didn’t They Ask Evans? (2022)
– A Casa Torta (2017)
– Quem Viu Quem Matou? (Murder, She Said, 1961)
– A Maldição do Espelho (1980)
– Testemunha de Acusação (1957)

Vale lembrar também (a propósito de “Murder, She Said” da lista), a bem sucedida “Murder, She Wrote“, com Angela Lansbury como protagonista, e que foi chamada de “Crime, Disse Ela” em Portugal e “Assassinato por Escrito” no Brasil:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Murder,_She_Wrote

Agatha inspirando Agathas

Matéria do Portal Pepper fala sobre o livro “Agathas”, primeiro volume de uma série de investigações bem-humoradas que homenageiam a Rainha do Crime, publicado no Brasil pela Plataforma21:

Uma jovem desaparecida, um assassinato e vários suspeitos. Enseada do Castelo é uma cidade beira-mar amaldiçoada com garotas que somem, namorados de qualidade duvidosa, segredos familiares, penhascos perigosos e muitos mistérios difíceis de desvendar. É neste local que se passa “Agathas”, suspense best-seller do New York Times, coescrito por Kathleen Glasgow e Liz Lawson, em que duas adolescentes de personalidades opostas – Alice Olgive e Íris Adams – precisam investigar juntas a estranha morte de Brooke Donovan, ex-melhor amiga de Alice.

Apaixonada pelos livros de Agatha Christie, Olgive questiona-se sobre o que a Rainha do Crime faria para resolver o caso. O primeiro a ser investigado é Steve, estrela do esporte e namorado de Brooke: enquanto a polícia aponta o garoto como o culpado, as meninas não acreditam que ele seja o único a ter motivos para executar o crime e estão dispostas a provar a teoria. Afinal, Christie sempre deixou claro que qualquer um pode ser o culpado e, às vezes, a resposta não é tão simples como se imagina!

Leia a matéria completa clicando aqui.

Venda de “Agathas” na Amazon:
https://www.amazon.com.br/Agathas-Kathleen-Glasgow/

Mate-me, Se Puder: Filme da Netflix inspirado em Agatha

Segundo matéria de Giancarlo Galdino, da revista Bula, “Mate-me, Se Puder”, lançado na plataforma de streaming Netflix em outubro de 2023, é “inspirado em Agatha Christie e Alfred Hitchcock” e “vai te transformar em um detetive”:

A vida sem a única preocupação de aproveitar as piscinas aquecidas de casas portentosas, cercadas de jardins exuberantes e câmeras de segurança atentas a qualquer movimentação estranha pode ser a morte para muita gente. Dar-se conta de que essa existência de fausto, de jantares finos ao menos uma vez por semana, de mordomo, cabeleireiro, motorista, assessores, capachos, está definitivamente encerrada, e que a partir de agora, a rotina passa a um entra e sai de contadores e advogados, catalogando tudo, coleções de arte, roupas de grife, perfumes importados, joias, carros de luxo, imóveis, para satisfazer credores já um tanto furiosos é pior jeito de se adiar a morte para pessoas como Olivia Uriarte, a misteriosa personagem central de “Mate-me, se Puder”. (…)

Leia a matéria completa clicando aqui.

Trailer oficial:

The Midnight Murders: Agatha fazendo parte da trama

Dica de Sheila Senes, cantora do RJ e admiradora de Agatha:

“Agatha and the Midnight Murders” é um filme de drama de televisão de história alternativa britânica de 2020 sobre a escritora de crimes Agatha Christie. O filme estreou no Channel 5 no Reino Unido em 5 de outubro de 2020 e na PBS nos Estados Unidos em 25 de maio de 2021. Foi dirigido por Joe Stephenson.

O filme aparece na programação da Film & Arts, exibido em setembro de 2023:

filmandarts.com.br/programa/agatha-and-the-midnight-murders

Resumo do site:

Londres 1940: Enquanto o bombardeio se intensifica e seu futuro é ameaçado pelas consequências da guerra, Agatha Christie toma a decisão de destruir sua criação mais famosa. Depois de doze romances de Poirot em seis anos, Agatha deveria ser uma mulher rica. Em vez disso, ela está lutando para sobreviver. Matar Poirot em meio a essa confusão parece quase rancoroso, mas Agatha tem um plano: vender o romance para um comprador particular, um superfã que pagará qualquer coisa para ter um pedaço da história. Um encontro é marcado em um infame hotel de Londres onde, apesar da presença de um velho amigo, as coisas logo dão errado. À medida que as bombas caem e os corpos se acumulam, o perigo real de sua situação torna-se claro: a única coisa mais valiosa do que o último romance de Poirot é o último livro escrito por Agatha Christie.

No site da ClaroTV:

clarotvmais.com.br/filme/agatha-and-the-midnight-murders/2212678

Também aparece na programação do streaming Prime Video, mas não disponível no Brasil:

Como curiosidade, outro filme com Agatha como personagem:

A Noite das Bruxas, por Tommy Beresford

Agatha Christie é mestra em fornecer condições para que seus leitores mergulhem em suas tramas. Para isso, se existe algo (entre tantas características incríveis) que Agatha nos oferece com muita firmeza é aquilo que eu chamo de Ambientação. Ela fornece subsídios muito claros ao leitor para que ele entenda bem em que contexto aqueles acontecimentos ocorrem e para que embarque com toda força no mistério proposto.

Para me preparar para assistir ao terceiro filme de Kenneth Branagh personificando Poirot, reli o livro dias antes, como fiz com seus longas anteriores. Essas releituras são importantes para deixar “frescas” na mente as intenções da autora e as características das personagens e do local onde cada crime acontece, afinal elas são necessárias para que possamos desvendar o mistério. Ainda assim, é sempre bom lembrar que nada obriga que a produção cinematográfica seja 100% fiel ao livro, e portanto nunca espere isso, mas conseguir reconhecer a obra literária original é o mínimo necessário para que uma adaptação possa ter realmente seu valor.

Para começo de conversa, em “A Noite das Bruxas”, um de seus melhores livros, Agatha deixa claro desde as primeiras páginas que tudo acontece em Woodleigh Common, uma pequena cidade da Inglaterra (que, ainda que fictícia, fica próximo a Medchester, e esta, por sinal, aparece em dois outros livros da autora). Além disso, descrito desde o primeiro parágrafo do livro, o assassinato que rege a trama acontece numa festa de Halloween entre colegiais, tudo de uma forma bastante pueril, sem “dramas” ou “assombrações”. Isso justifica inclusive o título que o livro de Agatha Christie recebeu em Portugal na época de seu lançamento: “Poirot e o Encontro Juvenil”. Woodleigh não é uma megalópole, é uma localidade ainda pequena mas em expansão (havia até “um cemitério construído nos últimos dez anos, presumivelmente para acompanhar a crescente importância de Woodleigh como cidade”), onde todas essas pessoas — jovens e adultos — se conhecem: todos sabem sobre todos, as notícias correm… Há ainda a Pedreira (e seu Bosque, e sua Mansão), essenciais na trama. Com as características que Agatha nos fornece, cada leitor consegue criar em sua cabeça imagens particulares desses lugares importantes, incluindo também a casa onde acontece a festa de Halloween, a biblioteca onde um testamento é alterado, enfim…

Nas adaptações anteriores de Branagh, ficava claro que ele deturpou diversos trechos dos livros, criou e alterou personagens e houve um caprichado malabarismo para tentar “parecer” com as obras originais de Agatha; mesmo com várias “licenças poéticas”, muitas difíceis de engolir, “Assassinato no Expresso do Oriente” (2017) e “Morte no Nilo” (2022) de fato remetiam aos clássicos da autora, mantendo pelo menos a “ambientação” supracitada bastante próxima à trama agathachristiana. Em “A Noite das Bruxas”, Branagh simplesmente já começa ignorando o livro solenemente, embora use os nomes de diversas personagens e, mais para frente, faça citações a algumas passagens importantes. Para começar, não há a cidadezinha Woodleigh: a história se passa em Veneza (daí o título original do filme em inglês, “A Haunting in Venice”), e Poirot é um detetive aposentado, “recluso na Itália”, mas que “anda com um guarda-costas” (oi?).

[continua]
Leia a resenha completa no Cinema é Magia, clicando aqui.

A Noite das Bruxas: Horários no Rio e em Niterói de 14 a 20.09.2023

Sujeito a alterações, confirme sempre no site da empresa exibidora:

Kinoplex Rio Sul
Rua Lauro Muller 116 – lj. 401 CD 01 a 04 – Botafogo
– Legendado – 2D – 16:30, 19:05, 21:30

Cinema Cinemark
Praia de Botafogo, 400 – Botafogo
– Legendado – 2D – 17:40, 20:00
– Dublado em português – 2D – 15:10

Kinoplex São Luiz
Rua do Catete 311 – Lj 03/04 – Catete
– Legendado – 2D – 16:20, 18:40, 21:00

Espaço Itaú de Cinema
Praia de Botafogo 316 – Botafogo
– Legendado – 2D – 15:30, 17:30, 19:30
– Dublado em português – 2D – 13:30

Kinoplex Tijuca
Avenida Maracanã 987 – Piso L10 – SUC, 10001
– Legendado – 2D – 16:20, 18:40, 21:00
– Dublado em português – 2D – 14:00

CineCarioca Méier
Rua Dias da Cruz 170 – Méier
– Legendado – 2D – 16:30, 21:00
– Dublado em português – 2D – 14:15, 18:45

Kinoplex Shopping Boulevard RJ
Rua Barão de São Francisco 236 – Lj 301 – Vila Isabel
– Legendado – 2D – 19:50
– Dublado em português – 2D – 16:00, 18:30, 20:50

Kinoplex Nova América
Avenida Pastor Martin Luther King Jr. 126 – EC81 – Del Castilho
– Dublado em português – 2D – 14:15, 16:30, 18:45, 21:00

Cinesystem Cinemas
Avenida Maestro Paulo e Silva 400 – Jardim Carioca
– Legendado – 2D – 21:35
– Dublado em português – 2D – 15:15, 17:20, 19:25

UCI Kinoplex Norte Shopping
Avenida Dom Helder Camara 5080 – Piedade
– Dublado em português – 2D – 14:45, 17:00, 19:10, 21:25

Cinemark Carioca Shopping
Estrada Vicente de Carvalho, 909 – 2º Pavimento Vila Kosmos
– Dublado em português – 2D – 16:35, 21:20

Cinesystem Cinemas
Rua Itapera 500 – Via Brasil Shopping – Irajá
– Dublado em português – 2D – 15:15, 17:20, 19:25, 21:30

Kinoplex Madureira
Estrada do Portela No. 222 – 4 piso, Estrada Do Portela,222 Lj 408 4º Piso – Madureira
– Dublado em português – 2D – 14:15, 16:30, 18:45, 21:00

Cinemark – Plaza Niterói
Rua XV de Novembro 8 – Centro, NITERÓI
– Legendado – 2D – 19:00, 21:20
– Dublado em português – 2D – 13:50, 16:40

Kinoplex Bay Market
Av. Visconde do Rio Branco 360 – Lj 3 – PTE – C1 a C4 – Centro
– Dublado em português – 2D – 16:15, 18:30, 20:50